A ameaça representada pela perda da biodiversidade e da riqueza das quais empresas e instituições financeiras dependem está sendo subestimada pelos bancos centrais dos países. A afirmação consta do relatório elaborado em conjunto por uma equipe de pesquisadores e a Network of Central Banks and Supervisors for Greening the Financial System (NGFS), publicado nesta quinta-feira (24).
De acordo com o documento, os efeitos das mudanças climáticas são cada vez mais levados em consideração nas avaliações de risco econômico, mas muito menos no caso de ameaças semelhantes decorrentes da destruição da natureza. “A biodiversidade é a base da vida em nosso planeta”, disse Ravi Menon, presidente do NGFS. “Mas estamos erodindo a biodiversidade em um ritmo que está danificando os ecossistemas que nos fornecem alimentos, água e ar puro. Isso pode representar riscos significativos para a estabilidade econômica, financeira e social”.
O texto destaca também o impacto que o sistema financeiro pode ter na natureza, por meio dos empréstimos oferecidos, investimentos e seguros e que os sistemas econômico-financeiros dependem de ter ecossistemas saudáveis e funcionais. É o caso dos rendimentos agrícolas, ameaçados pela redução das populações de polinizadores, vítimas de pesticidas ou redução do habitat.
O relatório coincide com a reunião de delegações de quase 200 países em Genebra para negociar um acordo de melhor proteção da biodiversidade antes do final do ano.
Bolsonaro continua sua política de destruição ao meio ambiente
Denúncias de entidades nacionais e internacionais têm sido feitas com frequência sobre a política ambiental praticada pelo governo de Jair Bolsonaro, que praticamente tem como lema “destruir ao invés de preservar o meio ambiente”, principalmente no que se refere a Amazônia.
Neste mês, a equipe do “InfoAmazonia” vencedora do Prêmio Rei da Espanha de Jornalismo Ambiental 2022 denunciou o legado ecológico destrutivo do presidente Jair Bolsonaro e defende o dever de informar de forma “humana, simples e clara”, para que o mundo entenda a importância de “manter a floresta de pé”. Bolsonaro “dá voz aos crimes ambientais que já aconteciam” na Amazônia” e “para os quais antes existia algum controle” e contra os quais “havia instituições funcionando”, afirmou Juliana Mori, diretora editorial do “InfoAmazonia”, em entrevista à Agência Efe.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento estima que a aplicação de políticas para evitar que a Amazônia atinja o ponto de inflexão que poderia transformá-la em uma savana – ou seja, conter o desmatamento, investir na agricultura sustentável e melhorar a gestão de incêndios – poderia gerar cerca de 340.000 milhões de dólares de riqueza adicional.
Redação ICL Economia
Com informações das agências