As instituições financeiras ouvidas para o Relatório Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (9), subiram as projeções de inflação para 2023, 2024 e 2025. A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano subiu de 5,31% para 5,36%, enquanto para 2024 a alta foi de 3,65% para 3,70% e para 2025, de 3,25% para 3,30%.
Em relação à projeção deste ano, foi a quarta alta consecutiva feita pelos analistas do mercado financeiro. Para 2023, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Ou seja, pelas projeções do mercado, há previsão de estouro da meta.
Para o Relatório Focus, foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.
Importante salientar que, quanto maior a inflação, menor é o poder de compra dos brasileiros. No ano passado, a inflação castigou principalmente o brasileiro com renda menor, conforme levantamento realizado pelos economistas do ICL André Campedelli e Deborah Magagna. No acumulado de 12 meses até novembro de 2022, segundo eles, os bens alimentícios ficaram como ponto negativo da inflação. “Somente o tomate apresentou deflação no período, de 2%. Os demais, amplamente discutidos, apresentaram altas consideráveis”, dizem.
Para o ano que terminou, a projeção do mercado financeiro prevista no relatório permaneceu no patamar de 5,62%. A meta de inflação do ano passado, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
No Relatório Focus, mercado financeiro reduz previsão do crescimento da economia brasileira em 2022 e 2023
A previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2022, o mercado financeiro reduziu sua previsão estável de 3,04% para 3,03%. Para 2023, a previsão de crescimento também recuou de 0,80% para 0,78%.
Ao sancionar a lei que prevê as diretrizes do orçamento de 2023 no relatório, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% este ano.
Por sua vez, a previsão da taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) foi mantida em 12,25% para este ano, mas a de 2024 subiu de 9,0% para 9,25%. A de 2025 continuou em 8,0%.
Atualmente, a taxa Selic já está em 13,75% ao ano. O Copom (Comitê de Política Monetária) também vem sinalizando que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.
Já a projeção para a taxa de câmbio subiu de R$ 5,27 para R$ 5,28, enquanto o saldo da balança comercial recuou de US$ 58 bilhões para US$ 56,6 bilhões de superávit em 2023.
Por fim, as previsões para ingresso de investimentos estrangeiros diretos no Brasil este ano permaneceu em US$ 80 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias
