Nesta “Super Quarta” de início de mês, as bolsas mundiais estão em trajetória de alta, enquanto os índices futuros dos EUA operam no negativo, com os investidores na expectativa sobre a divulgação da nova taxa de juros americana. A expectativa do mercado é de que o Fed (Federal Reserve) anuncie ajuste para cima de 0,25 ponto percentual, abaixo, portanto, do último aumento feito em dezembro (0,50 p.p.).
No Brasil, também é dia de decisão de taxa de juros. O Copom (Comitê de Política Monetária) deve anunciar entre o fim desta tarde e começo de noite a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 13,75%. O último reajuste na taxa ocorreu em setembro.
Ainda por aqui, o cenário político também está movimentado, com a posse do novo Congresso, de perfil muito mais conservador que o anterior, e as eleições para as presidências da Câmara e do Senado. Arthur Lira (Câmara) deve ser reconduzido ao cargo, enquanto Rodrigo Pacheco deve enfrentar uma disputa mais acirrada no Senado.
Voltando para os Estados Unidos, hoje, a Meta, dona do Facebook, divulga seus resultados, e os analistas estão na expectativa para saber como a gigante de tecnologia está sentindo os humores da economia global. Também serão divulgados nesta quarta-feira dados da criação de empregos no setor privado. O consenso Refinitiv aponta para a abertura de 170 mil vagas.
Na Europa, o mercado está atento ao início da reunião do BCE (Banco Central Europeu), que anuncia amanhã a taxa de juros da zona do euro. Além disso, os investidores também repercutem os dados da inflação, que vieram um pouco abaixo do que projetavam os analistas, e os do desemprego, o qual veio um pouco acima do esperado.
Por fim, os mercados asiáticos fecharam positivos, com investidores aguardando a nova taxa de juros dos EUA e alguns dados econômicos da região.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (31) em alta, com investidores de olho nas decisões sobre a taxa de juros no Brasil e nos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 1,03%, a 113.430 pontos. Com o resultado, o Ibovespa avançou 3,37% no primeiro mês de 2023.
Segundo analistas do mercado financeiro, no cenário externo, investidores estão cautelosos prevendo uma série de aumentos das taxas de juros por parte de bancos centrais importantes nesta semana.
Nas negociações o dia, o dólar caiu 0,75%, cotado a R$ 5,076 na compra e R$ 5,077 na venda. No mês de janeiro, a moeda americana fechou com queda de 3,8%.
Europa
As bolsas da Europa operam com alta nesta quarta-feira, com os investidores aguardando a divulgação da nova taxa de juros dos EUA e repercutindo os dados econômicos da região. Hoje, também começa a reunião do BCE (Banco Central Europeu) para definir os novos juros do bloco europeu. A divulgação acontece amanhã (2). O mercado aguarda um aumento de 0,50 ponto percentual.
A inflação na zona do euro de janeiro atingiu 8,5% na base anual, abaixo, portanto, do que previam os analistas (9% na base anual). Por outro lado, a taxa de desemprego ficou em 6,6% no mês de dezembro, um pouco acima do projetado (6,5%).
FTSE 100 (Reino Unido), +0,12%
DAX (Alemanha), +0,02%
CAC 40 (França), +0,05%
FTSE MIB (Itália), +0,45%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam com baixa nesta manhã de quarta-feira, após alta da véspera. Os investidores aguardam a divulgação da nova taxa de juros americana e também repercutem a redução nos custos trabalhistas e a desaceleração da inflação, o que foi visto como um sinal positivo pelos investidores.
Para hoje, também é aguardada a pesquisa de criação de empregos no setor privado e a publicação do balanço da Meta, dona do Facebook.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,40%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,35%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,24%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam no positivo, com investidores se preparando para o aumento de juros nos EUA, bem como alguns dados econômicos da região.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da atividade fabril chinesa de janeiro chegou a 49,2, um desempenho ligeiramente superior aos 49,0 de dezembro. Esta é a sexta contração mensal consecutiva do indicador.
Shanghai SE (China), +0,90%
Nikkei (Japão), +0,07%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,05%
Kospi (Coreia do Sul), +1,02%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem no pregão de hoje, sustentados por um dólar mais fraco, repercutindo sinais de desaceleração da inflação nos EUA e com os investidores de olho na reunião de hoje da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados), na qual os produtores devem endossar suas atuais metas de produção acordadas em novembro.
Petróleo WTI, +0,95%, a US$ 79,62 o barril
Petróleo Brent, +0,73%, a US$ 86,08 o barril
Agenda
Nesta quarta-feira de noticiário quente, o Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deve anunciar um reajuste de 0,25 ponto percentual na taxa de juros americana, para o intervalo entre 4,50% e 4,75%.
Além desse dado importante, também será divulgada a pesquisa ADP, com a criação de empregos no setor privado. O consenso Refinitiv aponta para a abertura de 170 mil vagas. Nesse mesmo dia sai o relatório JOLTS, com o número de vagas em aberto no país – a média das projeções do mercado aponta para 10,2 milhões.
Por aqui, no Brasil, aa seara política, o novo Congresso toma posse hoje, quando também ocorre a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado. Na esfera econômica, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve anunciar a manutenção da taxa básica de juros (Selic) no atual patamar de 13,75% ao ano.
Redação ICL Economia
Com informações das agências
