Cerca de 20 acionistas minoritários da Americanas foram ao Judiciário contra a empresa e pediram aproximadamente R$ 5 milhões. Os empresários da Americanas querem o afastamento dos acionistas de referência da empresa, Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, mais conhecidos pelo sucesso da Ambev. As Lojas Americanas entraram em recuperação judicial por dívidas de R$ 43 bilhões.
De acordo com informações publicadas nesta terça-feira (31) pelo jornal O Estado de S.Paulo, o advogado Daniel Gerber, que representa os minoritários da Americanas, disse que a petição pode levar ao bloqueio judicial dos bens de diretores da empresa.
Na petição, os acionistas minoritários falam na possibilidade de crimes contra o sistema financeiro nacional. “Com este cenário de provável fraude contábil derivada de gestão fraudulenta, os mais de 146 mil acionistas minoritários da Americanas (AMER3) que acreditaram na solidez e na confiabilidade da governança corporativa do Grupo, na competência e honestidade das auditorias realizadas pela empresa PWC (PricewaterhouseCoopers), assim como em todas as informações disponibilizadas aos investidores na central de resultados da empresa, viram seu patrimônio reduzido a pó”, mostrou o documento.
Acionistas buscam alternativas para salvar Americanas
Um empréstimo-ponte – o chamado DIP (Debtor in Possession) – seria uma das alternativas mais discutidas internamente na Americanas para salvar a empresa, mas os três acionistas de referência teriam uma parte do custo. Eles têm resistido a colocar dinheiro na companhia.
Não só empresários como também consumidores alertam para consequências das dívidas da Americanas. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor e Trabalhador (Abradecont) protocolou nesta segunda-feira uma medida cautelar no qual acusa a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de negligência no caso Americanas. Também pediu bloqueio de bens da firma de auditoria PwC.