A Receita Federal informou nesta terça-feira (21) que a arrecadação do governo federal em abril deste ano, incluindo impostos, contribuições e outras receitas, totalizou R$ 228,9 bilhões.
Este valor representa um aumento real de 8,26% em relação a abril do ano passado, quando a arrecadação foi de R$ 211,4 bilhões, corrigido pela inflação.
Além disso, este foi o maior valor arrecadado em um mês de abril desde o início da série histórica, em 1995, ou seja, em 30 anos.
A arrecadação recorde de abril ocorreu após o governo ter implementado, em 2023, diversas medidas aprovadas pelo Congresso, como a tributação de fundos exclusivos e “offshores”; alterações na tributação de incentivos concedidos por estados; e a limitação no pagamento de precatórios, entre outras.
De acordo com dados oficiais, nos primeiros quatro meses de 2024, a arrecadação federal atingiu R$ 886,6 bilhões.
Ajustando os valores pela inflação, a arrecadação entre janeiro e abril totalizou R$ 892,2 bilhões, o que representa um crescimento real (acima da inflação) de 8,33% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando somou R$ 823,6 bilhões.
Neste período de quatro meses, a arrecadação também alcançou um recorde histórico.
Crescimento real da massa salarial está entre fatores que contribuíram para alta da arrecadação federal
De acordo com dados da Receita Federal, diversos fatores contribuíram para o aumento da arrecadação federal em abril deste ano:
- A arrecadação do PIS/Pasep e da Cofins foi de R$ 44,3 bilhões, registrando um crescimento real de 23,38%. Esse aumento é principalmente devido ao fim da redução da tributação sobre combustíveis e a uma diminuição de 14% no valor das compensações.
- A receita previdenciária alcançou R$ 52,79 bilhões no mês passado, com um crescimento real de 6,15%, impulsionado pelo aumento real de 5,11% na massa salarial.
- A arrecadação do imposto sobre importação e do IPI-Vinculado à Importação totalizou R$ 8,07 bilhões, apresentando um aumento real de 27,46%. Esse crescimento resulta de aumentos reais de 14,02% no valor em dólar das importações, de 2,18% na taxa média de câmbio, de 15,70% na alíquota média efetiva do Imposto de Importação e de 7,77% na alíquota média efetiva do IPI-Vinculado.
Com informações do G1