Atividade econômica tem queda de 1,13% em agosto, diz Banco Central

De acordo com dados do BC, esse foi o maior tombo mensal do nível de atividade desde março de 2021
17 de outubro de 2022

A atividade econômica brasileira registrou queda em agosto deste ano, de acordo com dados divulgados hoje (17) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou redução de 1,13% em agosto de 2022 em relação ao mês anterior, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustados para o período).

De acordo com dados do BC, esse foi o maior tombo mensal do nível de atividade desde março de 2021, quando foi registrada uma queda de 3,6%. O resultado negativo também interrompeu dois meses de expansão do indicador.

O índice é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia – a indústria, o comércio e os serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.

O indicador foi criado pelo Banco Central para tentar antecipar a evolução da atividade econômica. Entretanto, o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mercado prevê baixa atividade econômica em 2023

Se houve queda da atividade econômica em agosto de 2022, as projeções do mercado para o PIB em 2023 também não são nada animadoras. No Relatório Focus divulgado hoje (17), analistas preveem um PIB de 0,59% no próximo ano.

A economista do ICL Deborah Magagna aponta que, na verdade, todo o pacote eleitoreiro do presidente candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL),  reverteu a ordem das coisas, fazendo com que houvesse uma espécie de antecipação do crescimento do ano que vem para este ano e as projeções do mercado para 2023 caíssem.

“Quando a gente olha as expectativas do começo do ano para cá, a gente vê que houve uma inversão. Então, o crescimento que era esperado para 2023 passa para 2022. (O mercado) passa a reduzir as expectativas do ano que vem porque não tem margem para continuar, pois todos os incentivos acabam este ano. Então a gente vê essa inversão na curva e ela é bem nítida”, explicou.

Redação ICL Economia

Com informações da Agência Brasil e do G1

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