Setor público registra superávit de R$ 1,1 bilhão em março, aponta Banco Central

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou março em 75,7%, abaixo das expectativas do mercado.
6 de maio de 2024

As contas públicas fecharam o mês de março com superávit primário de R$ 1,1 bilhão, segundo dados do Banco Central divulgados nesta segunda-feira, 6. Em março do ano passado, houve déficit de R$ 14,2 bilhões para o período.

No acumulado de doze meses, entretanto, o setor público consolidado – formado por União, estados, municípios e empresas estatais – registra déficit de R$ 252,9 bilhões, equivalente a 2,29% do PIB. O resultado é ligeiramente (0,15 ponto percentual) menor que o registrado em fevereiro.

Em março, o Governo Central e as empresas estatais registraram déficits respectivos de R$ 1,9 bilhão e de R$ 343 milhões, e os governos regionais, superávit de R$ 3,4 bilhões.

Os juros nominais do setor público não financeiro consolidado, apropriados por competência, somaram R$ 64,2 bilhões em março de 2024, comparativamente a R$ 65,3 bilhões em março de 2023. No acumulado em doze meses, até março deste ano, os juros nominais alcançaram R$ 745,7 bilhões (6,76% do PIB), comparativamente a R$ 693,6 bilhões (6,71% do PIB) nos doze meses até março de 2023.

O resultado nominal do setor público consolidado, que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 63,0 bilhões em março. No acumulado em doze meses, o déficit nominal alcançou R$ 998,6 bilhões (9,06% do PIB), ante déficit nominal de R$ 1.015,1 bilhões (9,24% do PIB) em fevereiro de 2024.

Banco Central: Dívida pública fica abaixo do esperado

A Dívida Líquida do Setor Público atingiu 61,1% do PIB (R$ 6,7 trilhões) em março, elevando-se 0,2 p.p. do PIB no mês. Esse resultado refletiu os impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), do efeito do ajuste de paridade da dívida externa líquida (redução de 0,1 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,2 p.p.). No ano, a DLSP também cresceu, 0,2 p.p. do PIB, em função dos impactos dos juros nominais (aumento de 1,9 p.p.), do superávit primário acumulado (redução de 0,5 p.p.), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,9 p.p.) e do efeito da desvalorização cambial de 3,2% acumulada no ano (redução de 0,4 p.p.).

A Dívida Bruta do Governo Geral – que compreende Governo Federal, INSS e governos estaduais e municipais – atingiu 75,7% do PIB (R$ 8,3 trilhões) em março de 2024, aumento de 0,2 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. Essa evolução no mês decorreu do efeito dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 p.p.), do resgate líquido de dívida (redução de 0,2 p.p.), e da variação do PIB nominal (redução de 0,2 p.p.). No ano, o aumento de 1,3 p.p. do PIB decorre principalmente da incorporação de juros nominais (aumento de 1,9 p.p.), da emissão líquida de dívida (aumento de 0,3 p.p.), e do crescimento do PIB nominal (redução de 1,2 p.p.).

Com informações do Banco Central

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