O Bank of America (BofA) elevou os indicadores para a expansão da economia brasileira neste ano a 3%, citando surpresas positivas em dados recentes: força das exportações, resiliência do mercado de trabalho e início do ciclo de afrouxamento monetário, bem como a retomada da confiança diante da redução de incertezas fiscais, informa a o site Brasil247 a partir de informações da Reuters. Anteriormente, o BofA estimava expansão de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Para o próximo ano, a projeção para o crescimento passou de 1,8% para 2,2%.
No Brasil, mais de 100 instituições financeiras consultadas para o Boletim Focus, do Banco Central, divulgado na segunda-feira (28), elevaram de 2,29% para 2,31% a estimativa de crescimento da economia brasileira para este ano.
Em relatório divulgado na segunda-feira (28), assinado por David Beker, chefe de economia para Brasil, e Natacha Perez, economista, o Bofa disse que a forte revisão para cima em sua projeção veio após o crescimento surpreendente do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre e outros dados de atividade mais fortes do que o esperado.
Economistas do Bank of America avaliam que níveis de confiança têm melhorado
Além disso, “a revisão do crescimento deste ano é impulsionada por exportações líquidas mais fortes e por expectativas de investimento menos negativas”, afirmaram Beker e Perez, citando ainda resiliência do mercado de trabalho.
O banco destacou, ainda, que os níveis de confiança têm apresentado tendência de melhora nos últimos meses, sob o impacto da diminuição da incerteza relacionada ao fiscal e à conjuntura da política monetária, e acrescentou que isso deve ter efeito positivo sobre o crescimento do ano que vem.
“Olhando para o futuro, à medida que o ciclo de afrouxamento monetário avança, o voto de confiança das agências de classificação com a melhoria da pontuação de crédito do Brasil e a emissão de títulos verdes pelo governo são motores positivos do crescimento do investimento no médio prazo”, completaram Beker e Perez.
No mês passado, as agências de classificação de risco Fitch e DBRS Morningstar elevaram suas notas de crédito para o Brasil, enquanto a S&P melhorou a perspectiva do país de “estável” para “positiva”. Nesse contexto, que aponta para maior confiança na capacidade do país de pagar suas dívidas, o governo já anunciou preparativos finais para a emissão de títulos soberanos sustentáveis, indicando que a operação pode movimentar 2 bilhões de dólares em setembro.
Redação ICL Economia
Com informações do site Brasil247 e das agências de notícias