O Boletim Focus divulgado nesta manhã de segunda-feira (10) pelo Banco Central mostra que o mercado financeiro reduziu de 4,98% para 4,95% a previsão para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) este ano. O levantamento semanal consultou instituições financeiras sobre as projeções para a economia.
É a oitava semana seguida de redução na estimativa de inflação. No início desse ciclo, a previsão estava em 5,42%, contra os 4,95% atuais.
Apesar da redução na previsão, ainda assim a inflação está acima da meta estipulada para 2023, de 3,25%, e será considerada cumprida se oscilar de 1,75% e 4,75%.
Caso as projeções do mercado se confirmem, será o terceiro ano seguido em que a meta de inflação será descumprida. No ano passado, a inflação foi de 5,79%.
Já em relação à taxa básica de juros (Selic), o relatório mostra que o mercado manteve a expectativa da semana passada, em 12%. Atualmente, o índice está 13,75% ao ano, e tem sido motivo de queda de braço entre o governo e a direção do BC.
A taxa Selic é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária), composto pelo presidente e diretores do Banco Central.
Na última semana, o governo emplacou o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, como diretor de Política Monetária do BC. Ele participará da próxima reunião do Copom, em agosto.
Mercado financeiro manteve também a previsão de crescimento da economia brasileira em 2,19% este ano, segundo o Boletim Focus
Os economistas preveem o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2,19% em 2023, mesmo patamar do levantamento anterior.
Na semana passada, estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado mostra que, com a aprovação da reforma tributária, que agora segue para o Senado após ser aprovada em dois turnos pela Câmara dos Deputados na última sexta-feira (7), pode proporcionar 2,39% de crescimento do PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país, até 2032, em relação ao cenário sem nenhuma reforma.
Segundo a análise, durante o período de transição, quando gradativamente se substitui o sistema antigo pelo novo, as simulações em todos os cenários evidenciam o crescimento do PIB.
Para o dólar, o mercado financeiro manteve a expectativa em R$ 5,00. Para 2024, os economistas reduziram a estimativa de R$ 5,08 para R$ 5,06. Também reduziu a projeção de 2025, de R$ 5,17 para R$ 5,15.
A respeito da balança comercial, neste ano, ela deve ser de US$ 64 bilhões, conforme as projeções do mercado financeiro. Isso representa uma melhora nas expectativas, que na semana passada previa balança de US$ 63,76 bilhões.
Por fim, o investimento estrangeiro se manteve em US$79,5 bilhões para 2023.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias