Os bancos centrais dos EUA e do Brasil definem, esta semana, as novas taxas de juros. Para analistas, o Federal Reserve deve manter parcimônia na decisão depois de dados mostrarem um mercado de trabalho ainda aquecido. Já por aqui, o ritmo de corte em 0,50 p.p. deve continuar.
No documento, divulgado na manhã desta terça-feira, a autoridade monetária diz que o crescimento da "incerteza em torno da própria meta estabelecida para o resultado fiscal" levou "a um aumento do prêmio de risco".
Comunicado da autoridade monetária indica mais um corte no mesmo patamar ainda este ano e também fala da importância de se perseguir as metas fiscais já estabelecidas.
Picchetti é professor da FGV e Teixeira é servidor de carreira da autarquia. Antes, porém, ambos vão passar por sabatina no Senado. Os dois também farão parte do Copom, responsável por definir a taxa básica de juros (Selic).
Economista da Serasa Experian diz que "a retomada da demanda mais firme por empréstimos só deve acontecer a partir de 2024, com a maior queda de juros e da inadimplência"
O ritmo do corte foi considerado pelos diretores do BC como apropriado nas próximas reuniões para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.
No comunicado divulgado com a decisão, Copom diz que "observou-se maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado". Contudo, autoridade monetária prevê desaceleração da economia nos próximos trimestres.
Para 2023, os analistas consultados reduziram de 4,93% para 4,86% a estimativa de inflação medida pelo IPCA. Já para o ano que vem, o mercado financeiro baixou de 3,89% para 3,86% a projeção para o indicador.
O encontro, ocorrido no dia 4 de maio no gabinete presidencial, das 7h30 às 8h, não constava da agenda de nenhum dos dois
Dos nove diretores que compõem o Copom, cinco votaram pelo corte de 0,50 p.p. e quatro por uma queda de 0,25 p.p. Após a decisão, Fernando Haddad (Fazenda) minimizou o placar apertado e disse que decisão ajuda a clarear o horizonte brasileiro.