No dia do início da reunião de bancos centrais, em Jackson Hole, bolsas internacionais operam de modo distinto nesta quinta-feira (25)

Foco dos investidores está voltado para o discurso do presidente do Fed,  Jerome Powell, amanhã (26), o qual pode dar indicações dos próximos passos da política monetária dos EUA.
25 de agosto de 2022

As bolsas internacionais operam em direções distintas na manhã desta quinta-feira (25), na expectativa com o início da reunião de Jackson Hole, no Wyoming, nos Estados Unidos, que começa hoje tendo as participações de dirigentes de bancos centrais, economistas e agentes econômicos. Enquanto os índices futuros dos EUA sobem e as bolsas da Europa perdem força, os mercados asiáticos fecharam em alta nesta quinta. O foco dos investidores está voltado para o discurso do presidente do Fed (Federal Reserve),  Jerome Powell, amanhã (26), o qual pode dar indicações dos próximos passos da política monetária dos EUA.

Ontem, os mercados de ações operaram em alta diante do estímulo vindo da China e dados econômicos melhores do que o esperado da Alemanha. Para turbinar a expectativa que rege os mercados mundiais, nos EUA, serão divulgados nesta quinta-feira dados do PIB (Produto Interno Bruto), o que pode colocar uma pressão adicional nos índices futuros nesta manhã.

O segundo dia de simpósio em Jackson Hole, nesta sexta-feira, também coincidirá com a divulgação de um dos indicadores utilizados pelo Fed para desenhar a política monetária: o índice de preços de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), referente ao mês de julho. Atualmente, esse índice acumula alta de 6,8% em 12 meses, bem acima da meta de inflação nos Estados Unidos, que é de 2%.

Além disso, nos EUA, os investidores estarão acompanhando de perto os dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego desta quinta-feira. O consenso Refinitiv aponta para 253 mil solicitações no período.

Já na Europa, a economia da Alemanha cresceu mais que o previsto no segundo trimestre. Após esse resultado, investidores aguardam pela ata do Banco Central Europeu (BCE), prevista para às 8h30, em busca de mais clareza sobre os planos da autoridade monetária europeia após o inesperado aperto monetário de 0,50 ponto percentual na última reunião.

As bolsas asiáticas reagiram bem à intensificação dos estímulos à economia pela China, com mais 1 trilhão de yuans (US$ 146 bilhões) em medidas,

Brasil

O Ibovespa terminou o pregão de quarta-feira (24) perto da estabilidade, atento aos dados da inflação e em indicativos sobre os juros dos Estados Unidos. O principal índice da Bolsa brasileira teve uma leve alta de 0,04%, a 112.898 pontos.

Ontem (24), o IBGE divulgou que o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial, ficou em -0,73% em agosto, ainda puxado pelo recuo do preço da gasolina após o limite imposto às alíquotas do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). Gasolina, energia elétrica, etanol e passagem aérea foram os quatro itens de maior influência para a deflação do IPCA-15 de agosto. Juntos, esses itens tiveram um impacto negativo de 1,37 ponto percentual no índice geral, o que significa que o resultado de agosto teria sido de uma alta de 0,64% sem esses produtos.

O dólar avançou hoje 0,24% frente ao real, negociado a R$ 5,111 na compra e na venda.

Europa

Os mercados europeus subiam nesta manhã antes do evento de Jackson Hole e após crescimento inesperado da economia alemã no segundo trimestre. Depois, perderam a força na expectativa do evento econômico nos EUA.

O crescimento do PIB alemão no segundo trimestre foi revisado para 0,1% em relação ao trimestre anterior, acima da estimativa inicial de 0,0%. No ano, o crescimento foi de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado, uma revisão para cima em relação à estimativa inicial de 1,4%.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,16%
DAX (Alemanha), +0,06%
CAC 40 (França), -0,12%
FTSE MIB (Itália), -0,35%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA avançam nesta manhã de quinta-feira, depois que os três principais índices terminaram em alta durante o pregão passado. A alta de hoje ocorre diante da expectativa do início do simpósio econômico de Jackson Hole, a partir de hoje. Amanhã, os olhos estarão voltados para o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve).

Dow Jones Futuro (EUA), +0,68%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,91%
Nasdaq Futuro (EUA), +1,05%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam em alta com a notícia de que a China vai turbinar os estímulos à economia, injetando mais de 1 trilhão de yuans (US$ 146 bilhões) em medidas, em um cenário de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

Shanghai SE (China), +0,97%
Nikkei (Japão), +0,58%
Hang Seng Index (Hong Kong), +3,63%
Kospi (Coreia do Sul), +0,71%

Petróleo

As cotações do petróleo tinham leve alta, ainda seguindo a repercussão da notícia de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) poderia considerar cortar a produção da commodity, segundo sugestão da Arábia Saudita.

Petróleo WTI, +0,28%, a US$ 95,16 o barril
Petróleo Brent, +0,55%, a US$ 101,78 o barril

Agenda

Começa nesta quinta-feira (25) o Simpósio de Jackson Hole (Wyoming), evento anual que reúne dirigentes de bancos centrais, acadêmicos e economistas de todo o mundo. Ainda nos EUA, será divulgada a segunda estimativa para o PIB (Produto Interno Bruto) americano no segundo trimestre. A primeira indicou queda de 0,9%. O consenso Refinitiv aponta para uma contração de 0,8% na segunda revisão.

Por aqui, no Brasil, no campo político, as expectativas se voltam para a entrevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à Presidência nas eleições de 2022. No campo econômico, será divulgado nesta quinta-feira (25) os números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). As projeções do mercado sugerem que o emprego no setor privado se estabilizou em julho, após uma trajetória de alta que se iniciou em outubro de 2020.

 

Redação ICL Economia
Com informações das agências

 

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