Incertezas sobre o futuro da economia mundial: bolsas internacionais estão em trajetória de queda nesta manhã

Investidores estão atentos às falas, hoje, da presidente do Banco Central Europeu, Cristine Lagarde, do presidente do Fed, Jerome Powell, e de mais quatro membros do BC americano a respeito do futuro da economia
28 de setembro de 2022

Depois de uma leve recuperação na manhã de ontem, as bolsas internacionais operam em trajetória de queda nesta quarta-feira (28), diante das incertezas no cenário econômico mundial, com índices inflacionários em patamares elevados e que têm obrigado as autoridades monetárias a subirem as taxas de juros.

Na mesma toada, os índices futuros dos EUA também operam em baixa. O rendimento do Tesouro dos EUA de 10 anos ultrapassou 4% pela primeira vez desde 2010, enquanto o yuan chinês offshore e onshore atingiu seus níveis mais fracos desde 2008.

Investidores estão atentos às falas, hoje, da presidente do Banco Central Europeu, Cristine Lagarde, do presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell, e de mais quatro membros do BC americano a respeito do futuro das principais economias do mundo.

Ainda na Europa, embaixadores da União Europeia (UE) serão informados nesta manhã pela Comissão Europeia sobre um novo pacote de sanções contra a Rússia. A comissão também vai propor um teto de preço para o petróleo russo.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão desta terça-feira (27) em queda, diante do aperto monetário no exterior e das preocupações com a recessão.  O principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,68%, a 108.376 pontos.

Segundo analistas do mercado financeiro, os mercados globais estão sob pressão diante do aperto monetário no exterior e das preocupações com a recessão. No Brasil, os investidores ainda avaliam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que manteve a taxa básica de juros estável em 13,75% na última quarta-feira.

Nas negociações do dia, o dólar fechou em queda de 0,07%, cotado a R$ 5,3765.

Europa

As bolsas europeias recuam acentuadamente nesta quarta-feira, diante da preocupação dos investidores internacionais com a economia mundial em torno da inflação e das perspectivas de crescimento. O setor de saúde é o único setor no campo positivo, somando 0,7%.

FTSE 100 (Reino Unido), -1,55%
DAX (Alemanha), -1,61%
CAC 40 (França), -1,32%
FTSE MIB (Itália), -1,64%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã antes da fala do presidente do Fed e de mais quatro dirigentes. Wall Street segue temerosa de que o aperto monetário promovido pelo BC americano leve a economia a uma recessão.

Dow Jones Futuro (EUA), -0,67%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,86%
Nasdaq Futuro (EUA), -1,27%

Ásia

Os mercados asiáticos registram queda generalizada na sessão de hoje, com as perdas lideradas pelo índice de Hong Kong depois que o S&P 500 estabeleceu uma nova mínima de 2022 durante a noite em Wall Street. O yuan chinês offshore e onshore atingiu os níveis mais fracos desde 2008 e a rupia indiana também marcou um recorde de baixa.

Shanghai SE (China), -1,58%
Nikkei (Japão), -1,50%
Hang Seng Index (Hong Kong), -3,41%
Kospi (Coreia do Sul), -2,45%

Petróleo

Tanto os contratos do petróleo tipo WTI quanto Brent operam em baixa nesta quarta-feira (28), repercutindo os cortes de produção dos EUA causados ​​pelo furacão Ian e a valorização do dólar.

Petróleo WTI, -0,27%, a US$ 78,29 o barril
Petróleo Brent, -0,24%, a US$ 86,06 o barril

Agenda

A agenda internacional segue esvaziada, então todas as atenções se voltam aos discursos da presidente do Banco Central Europeu e do presidente e mais quatro dirigentes do Federal Reserve, os quais poderão dar sinais sobre o futuro da economia mundial.

Por aqui, no Brasil, no campo político, divulgação da pesquisa eleitoral do PoderData. No âmbito econômico, saem dados do emprego do Caged e o índice de preços ao produtor de agosto.

Redação ICL Economia
Com informações das agências

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