Bolsas mundiais têm leve alta, em início de semana marcada por dados de inflação no Brasil, nos EUA e na China

No Brasil, investidores também aguardam por ata do Copom, além de acompanhar uma intensa semana de temporada de resultados
8 de maio de 2023

A sessão desta segunda-feira (8) é de leves ganhos para a maioria das principais bolsas mundiais, no início de uma semana que será marcada por dados de inflação nos Estados Unidos e na China, enquanto traders estão precificando apenas 9% de chance de um aumento na próxima reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

O principal indicador econômico da semana, de preços ao consumidor, será divulgado nos EUA na quarta-feira (10). Na média das projeções do mercado, o núcleo da inflação deve apresentar uma elevação mensal de 0,4% e acumular 5,6% em doze meses.

Por aqui, o destaque também vai para o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) do mês de abril, que vai ser divulgado na sexta-feira (12). O consenso Refinitv aponta para uma variação mensal positiva de 0,55% e de 4,10% em 12 meses.

Já a temporada de resultados das empresas segue firme, com divulgação dos números do Itaú (ITUB4) nesta segunda antes da abertura do mercado. O banco registrou lucro líquido gerencial de R$ 8,435 bilhões no primeiro trimestre de 2023, número 14,6% superior ao observado no mesmo intervalo de 2022, e em relação ao quarto trimestre do ano passado, representa um crescimento de 10%. O número foi em linha com o esperado pelo consenso Refinitiv, de R$ 8,42 bilhões.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão desta sexta-feira (05/05) em alta, com investidores avaliando os dados do relatório de emprego dos Estados Unidos (payroll) e monitoraram resultados corporativos divulgados tanto aqui quanto lá fora. O principal índice da Bolsa brasileira  avançou 2,91%, aos 105.148. Na semana, o indicador subiu 0,69%.

Nas negociações do dia do Ibovespa,  o dólar fechou em queda de 0,98% frente ao real, negociado a R$ 4,943 na compra e a R$ 4,944 na venda.

Europa

Os mercados europeus começaram a semana em alta, com investidores à espera de mais resultados de empresas, dados econômicos e a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra nesta semana.

O FTSE 100, do Reino Unido, foi fechado para um feriado após a coroação do rei Charles III.

Tanto o Fed quanto o Banco Central Europeu aumentaram as taxas em um quarto de ponto percentual na semana passada, com muitos agora esperando que o primeiro comece a cortar as taxas em algum momento durante o verão.

FTSE 100 (Reino Unido), fechado
DAX (Alemanha), +0,09%
CAC 40 (França), +0,14%
FTSE MIB (Itália), +0,41%
STOXX 600, +0,23%

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam com leve alta em sua maioria, com os investidores à espera dos dados de inflação ao consumidor na quarta-feira, após o Fed subir o juros na semana passada.

Os rendimentos do Tesouro dos EUA, por sua vez, operam com baixa nesta segunda-feira, apagando parte dos ganhos obtidos após a divulgação de dados de folha de pagamento não-agrícola melhores do que o esperado.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,09%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,02%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,12%

Ásia

Na Ásia, a sessão foi de alta para os principais índices da região, com exceção do Nikkei, do Japão, que terminou a sessão no vermelho. O movimento positivo foi embalado pela recuperação de Wall Street, que interrompeu uma sequência de quatro dias de perdas na última sexta-feira.

Do lado econômico, o setor de serviços do Japão registrou um ritmo recorde de expansão em abril, mostrou o índice de gerentes de compras (PMI) de serviços. O indicador de serviços do au Jibun Bank Japan ficou em 55,4, acima do valor de março de 54,9 e marcando seu quinto mês consecutivo de expansão.

Já a ata da reunião de política monetária do Japão em março mostrou que os membros do conselho estavam preocupados com a aceleração da inflação em um ritmo acima do esperado.

Shanghai SE (China), +1,81%
Nikkei (Japão), -0,71%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,21%
Kospi (Coreia do Sul), +0,49%
ASX 200 (Austrália), +0,78%

Petróleo

Os preços do petróleo operam com alta, uma vez que os temores de uma recessão nos EUA, que derrubaram os preços por três semanas consecutivas pela primeira vez desde novembro, começaram a diminuir.

A preocupação de que uma crise bancária dos EUA desacelere a economia e elimine a demanda de combustível no maior consumidor de petróleo do mundo levou o benchmark Brent a cair 5,3% na semana passada e levou o WTI a despencar 7,1%.

Petróleo WTI, +1,85%, a US$ 72,66 o barril
Petróleo Brent, +1,69%, a US$ 76,57 o barril

Agenda

A semana também trará indicadores de inflação nos Estados Unidos e na China. O índice de preços ao consumidor americano (CPI, na sigla em inglês) vai ser divulgado na quarta-feira (10). Na média das projeções do mercado, o núcleo da inflação deve apresentar uma elevação mensal de 0,4% e acumular 5,6% em doze meses.

Por aqui no Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) do mês de abril vai ser divulgado na sexta-feira (12). O consenso Refinitv aponta para uma variação mensal positiva de 0,55% e de 4,10% em 12 meses. Antes, na terça-feira (9), o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) vai tornar pública a ata de sua última reunião.

Com informações do InfoMoney

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