O governo chinês renovou a meta de crescimento da economia em 5% este ano. Em 2023, o PIB (Produto Interno Bruto) da China cresceu 5,2% em termos anuais, conforme o Escritório Nacional de Estatísticas, atingindo 126,06 trilhões de yuans (US$ 17,71 trilhões).
A estimativa para o crescimento do PIB deste ano foi apresentada hoje (5) pelo primeiro-ministro Li Qiang, durante o evento político chamado “Two Sessions”, o mais importante do país nesse sentido.
Além da previsão de alta da economia, o país espera criar mais de 12 milhões de novos empregos urbanos, enquanto mantém a taxa de desemprego urbano em 5,5% e a inflação anual em 3%.
“Devemos fazer mais para promover o emprego para os jovens e fornecer melhor orientação e serviços para ajudá-los a garantir empregos ou a iniciar negócios”, afirmou o primeiro-ministro.
As medidas anunciadas não animaram os mercados da região hoje nem o setor de petróleo, que amanheceu em baixa.
Apesar da projeção considerada otimista por analistas, Li Qiang admitiu que a recuperação econômica tem sido difícil após a pandemia de Covid-19 e que o ambiente externo global afetou negativamente o desenvolvimento do país.
Sem dar mais detalhes, ele disse que o governo pretende reformar os sistemas tributário e fiscal.
Especialistas dizem que meta de crescimento do PIB da China este ano é “ambiciosa”
Os especialistas Neil Thomas e Jing Qian, do Centro de Análise da China, disseram ao jornal South China Morning Post que a meta de crescimento apresentada pelo primeiro-ministro é ambiciosa.
“Especialmente tendo em conta a morna recuperação pós-Covid da China, os desafios do setor imobiliário, a deflação recorrente e a diminuição da confiança das empresas e dos consumidores. Essa marca sinalizaria um foco tático no retorno da confiança e dos gastos”, disseram.
Na ocasição, Li Qiang também anunciou que o orçamento militar do país aumentará 7,2% e será fixado em 1,66 biliões de yuans (cerca de US$ 231,4 bilhões).
Na esteira do anúncio, disse também que o país vai se opor resolutamente à “independência de Taiwan” e à interferência externa.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do InfoMoney