O pessimismo generalizado que tomou conta do mercado financeiro no início de 2023 tomou um banho de água fria com os bons números da economia. Na avaliação do economista Antonio Corrêa de Lacerda, assessor da presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e ex-presidente do Cofecon (Conselho Federal de Economia) e do Corecon (Conselho Regional de Economia de São Paulo), o mesmo deve se repetir em 2024.
“Os resultados, tanto do crescimento econômico quanto da inflação, foram muito positivos em 2023. Se tomarmos os principais prognósticos do começo do ano, eles apontavam para um crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] menor que 1% e, seguramente, vai fechar acima de 3%. A inflação menor do que o previsto, o desempenho da bolsa de valores melhor que o esperado, com um crescimento de 20%, então, isso aponta para um 2024 que tem desafios, sem dúvidas, mas que provavelmente teremos a repetição do fenômeno que ocorreu em 2023, ou seja, as expectativas de crescimento serão revistas para cima em função de um quadro muito favorável”, disse Lacerda na última quinta-feira (18), durante entrevista ao programa ICL Mercado e Investimentos.
O economista, que também é professor da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), foi o primeiro entrevistado do quadro de entrevista que vai ao ar todas as quintas-feiras no programa ICL Mercado e Investimentos, transmitido diariamente pelo canal do ICL (Instituto Conhecimento Liberta) no YouTube.
Na conversa com os economistas do ICL Deborah Magagna e André Campedelli, ele ainda destacou o superávit da balança comercial, de quase US$ 100 bilhões, em 2023.
Para Lacerda, todas os resultados obtidos pelo Brasil em 2023, somados à política de neoindustrialização, divulgada nesta segunda-feira (22) pelo governo Lula; o Plano de Transição Ecológica; e o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), “deverão impulsionar os investimentos, se traduzindo no curto e médio prazo em mais crescimento da economia, geração de renda e emprego”, observou.
Confira a entrevista na íntegra no vídeo abaixo:
Redação ICL Economia
Com informações do ICL Mercado e Investimentos