A dívida pública brasileira cresceu 2,95% em junho, somando R$ 6,19 trilhões. Em maio, o endividamento estava em 6,01 trilhões. Os dados foram divulgados, nesta sexta-feira (21), pela Secretaria do Tesouro Nacional.
O coordenador de Operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Roberto Lobarinhas, disse que o mês passado foi “extremamente positivo” para os mercados com a resolução do impasse do teto da dívida nos Estados Unidos, o que gerou otimismo. “Mas, mais do que isso, o mercado se beneficiou de fatores domésticos que impactaram positivamente”, complementou.
A dívida pública federal é a contraída pelo Tesouro para financiar o déficit orçamentário do governo federal.
Lobarinhas explicou que a queda da inflação no Brasil, além da expectativa de melhora da classificação de risco por uma agência e da tramitação do arcabouço fiscal no Senado e da reforma tributária na Câmara, melhoraram o perfil da dívida pública.
No mesmo período, a dívida pública mobiliária interna teve alta de 3,3%, a R$ 5,957 trilhões, sob o impacto de emissão líquida no valor de R$ 145,33 bilhões e de apropriação positiva de juros de R$ 44,93 bilhões.
Emissões líquidas fizeram com que a dívida pública aumentasse em junho, diz Tesouro
O Tesouro explicou que o aumento da dívida pública em junho foi ocasionado pela alta das emissões líquidas, no valor de R$ 144,2 bilhões e, também, devido às despesas com juros, que somaram R$ 33,32 bilhões. A emissão líquida de junho foi a maior desde dezembro de 2020.
Além disso, o custo médio das emissões em oferta pública da dívida pública apresentou redução, passando de 12,83% ao ano, em maio, para 12,50% ao ano em junho.
A participação dos papéis prefixados no total da dívida subiu em junho a 27,04%, de 26,17% no mês anterior. Já os títulos atrelados a índices de preços passou a 29,46%, de 29,76% antes, e os corrigidos pela taxa Selic recuaram a 39,52%, de 39,74%.
A previsão do Tesouro Nacional é que a dívida encerre o ano de 2023 entre R$ 6,4 trilhões e R$ 6,8 trilhões. O dado consta no Plano Anual de Financiamento (PAF), divulgado em janeiro deste ano.
Ainda de acordo com o órgão, a reserva de liquidez da dívida pública, ou seja, o valor em caixa para pagamento da dívida, subiu 13,76% em junho, passando de R$ 983 bilhões registrados em maio para R$ 1,11 trilhão no mês passado.
Esse valor é suficiente para garantir o pagamento dos próximos 8,52 meses de vencimentos.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias