O Ministério da Fazenda estimou, na terça-feira (23), o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2,3% para o Brasil em 2024, segundo o boletim macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE). A projeção é praticamente a mesma em relação à anterior, divulgada pelo área da Fazenda em março. Na ocasião, a SPE previa um crescimento de 2,34% para o PIB brasileiro. Um dia antes, na segunda-feira (22), o governo divulgou a estimativa de crescimento do PIB do País em 1,9% para 2023.
A previsão do governo está acima do previsto pelo mercado financeiro, que acredita que a economia brasileira vai crescer apenas 1,3% no próximo ano. O dado é do Boletim Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, que ouve mais de 100 instituições financeiras.
Políticas de inclusão social, de combate à pobreza e à fome e de redução da inadimplência devem seguir também impulsionando o crescimento do PIB
Em nota, a SPE diz que “as políticas de inclusão social, de combate à pobreza e à fome e de redução da inadimplência devem seguir impulsionando o crescimento [da economia], amparadas ainda pelo aumento dos investimentos resultantes do plano de transição ecológica, de parcerias entre o setor público e privado e das medidas para tornar mais eficiente o mercado de capitais”.
Na avaliação da secretaria, o mercado externo também deve ajudar a economia em 2024. “Projeta-se início do processo de flexibilização da política monetária de economias desenvolvidas já em fins de 2023, em resposta ao risco sistêmico, que deve permanecer, e à tendência de desaceleração mais expressiva da atividade e do crédito ao longo do segundo semestre.”
O Ministério da Fazenda também estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 vai chegar a 3,63%. No último boletim, a expectativa do governo era de que a inflação atingiria 3,52% no próximo ano.
A meta de inflação de 2024, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Ou seja, a previsão do governo continua dentro do teto da meta de inflação, mas está se afastando gradualmente do centro da meta, de 3%. Já pelo boletim Focus, o mercado financeiro estima que a inflação será de 4,13% em 2024.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e do G1