O FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê que a economia brasileira vai crescer 1,7% este ano, ante 1,5% da projeção anterior. Os dados estão no relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), publicado ontem (30).
A projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) está mais ou menos em linha com a do mercado financeiro. Agentes consultados na última edição do Boletim Focus do Banco Central preveem que a economia brasileira vai crescer 1,60% este ano e 2% no ano que vem.
“Muitas economias continuam a demonstrar grande resiliência, com o crescimento acelerando no Brasil, na Índia e nas principais economias do Sudeste Asiático”, disse o economista chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em comentário sobre as novas projeções econômicas do Fundo.
Se a previsão do FMI e a do mercado se concretizarem, a economia brasileira deve desacelerar frente a 2023, quando deve ter avançado 3,1%.
Para 2025, o organismo internacional espera que o Brasil volte a acelerar o passo, e cresça 1,9%, projeção inalterada frente às estimativas divulgadas em outubro do ano passado.
Para FMI, crescimento do país, no entanto, deve ser aquém do estimado para a América Latina
O crescimento da economia brasileira, no entanto, ficará abaixo do projetado para a América Latina este ano, de 1,9%. No entanto, a estimativa aponta avanço de 0,4 ponto porcentual abaixo da sua estimativa anterior.
Para 2025, o FMI espera que a América Latina retome o fôlego e cresça 2,5%, mesmo avanço projetado para o PIB do ano passado.
O organismo internacional argumentou que a revisão para baixo do crescimento da América Latina se deve a mais um ano de expectativa de recessão na Argentina, devido ao “ajuste político significativo para restaurar a estabilidade macroeconômica” do país.
Sob o governo de Javier Milei, o país deve registrar queda de 2,8% neste ano, projeção piorada em 5,6 pontos porcentuais. No ano passado, a Argentina já havia encolhido 1,1%, conforme as projeções do organismo. Para 2025, porém, o Fundo vê recuperação, com crescimento de 5,0%, uma melhora de 1,7 p.p. frente às projeções de outubro.
Na contramão da Argentina, o FMI prevê melhora das projeções para grandes economias como a do Brasil e do México em 2024.
No caso da economia mexicana, o Fundo melhorou a sua projeção em 0,6 p.p., para uma alta de 2,7% neste ano.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias