Haddad diz que novos indicados à direção do Banco Central já foram escolhidos e apresentados a Campos Neto e Pacheco

Segundo Haddad, os dois novos indicados são "gente conhecida, gente com experiência na área, não tem surpresa". Antes, eles precisam passar por sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.
25 de outubro de 2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem (24) que os nomes dos novos indicados a ocupar a direção do Banco Central já foram apresentados ao presidente da autarquia, Roberto Campos Neto. Sem dar detalhes do perfil dos indicados às duas vagas que vão abrir em dezembro, Haddad disse que ambos são pessoas experientes e conhecidas.

Haddad disse que ele próprio será responsável por apresentar os nomes. Nos últimos dias, o ministro vem afirmando que o anúncio será feito ainda nesta semana. “É gente conhecida, gente com experiência na área, não tem surpresa”, disse.

Ele também disse que já comentou com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o perfil dos indicados e os nomes, pois eles precisarão passar por sabatina com os senadores. “Falta o envio da mensagem, fui falar com ele [Pacheco] justamente para tratar desse assunto para ele não ficar sabendo pela imprensa os nomes que vão chegar e quando a mensagem vai chegar”, afirmou Haddad.

Os nomes precisam ser enviados ao Senado por meio de despacho publicado no Diário Oficial da União. Em um segundo momento, os indicados são sabatinados pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) da Casa.

O governo trabalha para que os novos indicados à diretoria do BC sejam anunciados logo e aprovados pelo Congresso ainda neste ano para que a gestão Luiz Inácio Lula da Silva tenha mais dois nomeados no comando da autarquia já na primeira reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em janeiro de 2024.

Com duas novas indicações à direção do Banco Central, governo terá quatro indicados seus entre 9 diretores

Os primeiros indicados a ocuparem a direção do BC pelo governo Lula foram Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária, e Ailton Aquino, de Fiscalização. Eles participaram da primeira reunião do Copom em agosto, quando teve início a trajetória de corte da taxa básica de juros (Selic). Os mandatos deles vão até fevereiro de 2027.

Galípolo era o número 2 da Fazenda e braço direito de Haddad, enquanto Aquino é funcionário de carreira da autarquia.

A diretoria colegiada do Banco Central é composta por um presidente (Roberto Campos Neto) e oito diretores. Essa também é a composição do Copom, colegiado responsável por definir a taxa básica de juros da economia, a Selic, a cada 45 dias.

Os novos nomeados substituirão Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e de Maurício Costa de Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.  Os mandatos de ambos terminam em 31 de dezembro de 2023.

Fernanda assumiu o cargo em 26 de julho de 2021, enquanto Moura iniciou seu mandato em 26 de abril de 2018.

Outros dois diretores – Otávio Ribeiro Damaso, diretor de Regulação, e Carolina de Assis Barros, diretora de Administração – encerram seus mandatos em 31 de dezembro de 2024, ano em que também se encerra o de Roberto Campos Neto.

Já Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica, e Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, têm mandatos fixos até 31 de dezembro de 2025.

Redação ICL Economia
Com informações do Brasil 247 e do G1

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