Durante encontro com economistas de alguns bancos na sexta-feira passada (13), no escritório do Ministério da Fazenda em São Paulo, o ministro da pasta, Fernando Haddad, reafirmou o compromisso de apresentar, ainda neste primeiro semestre, a proposta de reforma tributária do país e também novas regras fiscais que vão balizar a política de controle de gastos públicos. O encontro com representantes de bancos foi realizado um dia após o anúncio do pacote econômico com medidas que envolvem a reversão de desonerações, mudanças no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e uma nova renegociação especial de dívidas, chamada Programa Litígio Zero.
Além do economista-chefe do BTG e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, e do diretor de Estratégia, Economia e Relações com Mercados do Banco Safra, o ex-ministro Joaquim Levy, participaram da reunião o presidente da Bradesco Asset, Bruno Funchal; o presidente e o economista da Necton, Marcos Azer Maluf, e Daniel Cunha Nascimento Silva, respectivamente; além do superintendente de Pesquisa Macroeconômica do Banco Santander, Maurício Oreng, e o secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo.
Representantes dos bancos elogiaram o pacote de medidas anunciado pela equipe econômica na quinta-feira (12) e destacaram a importante sinalização das ações no sentido de reduzir o rombo das contas públicas, juntamente com a reforma tributária.
Para os economistas, com a reforma tributária e regras fiscais, Brasil vai crescer
Na avaliação de um dos economistas presentes no encontro, as medidas foram muito positivas. O Orçamento de 2023, encaminhado ao Congresso pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), prevê um déficit primário de R$ 231 bilhões. Mas o pacote apresentado pela equipe econômica atual projeta, em um cenário realista, déficit primário na casa de R$ 100 bilhões, ou seja, menos da metade do que prevê a peça orçamentária.
Tanto Joaquim Levy quanto Mansueto Almeida disseram que o conjunto de ações apresentado e em elaboração vão contribuir com o crescimento da atividade econômica brasileira.
Eles também consideraram importantes as sinalizações já dadas pela equipe econômica para este ano: como a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos, regra fiscal que limita o aumento de despesas do governo à inflação do ano anterior. Para eles, a consequência natural das ações que vêm sendo tomadas pela equipe econômica liderada por Haddad é um país que vai crescer mais.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias