O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) avançou apenas 0,01% em abril, fechando o mês praticamente estável, na comparação dessazonalizada com março, conforme divulgado nesta sexta-feira (14) pelo Banco Central.
O resultado veio abaixo do projetado pelo consenso LSEG, que previa alta de 0,45% no período. Em março, o indicador teve redução de 0,36% (dado revisado de queda de 0,34%).
Na média móvel trimestral, usada para captar tendências, o IBC-Br também ficou estável (+0,004%), em relação aos três meses encerrados em março.
O destaque do mês de abril foram as vendas do varejo, que cresceram 0,9%, atingindo o maior patamar da série. Esse foi o quarto resultado positivo seguido do setor, que acumula alta de 4,9% no ano e de 2,7% nos últimos 12 meses. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem (13) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em abril, o volume de serviços prestados também avançou 0,5%, segundo resultado positivo seguido, com ganho acumulado de 1,2% no período.
Com isso, o setor de serviços se situa 12,9% acima do nível pré-pandemia (de fevereiro de 2020) e 0,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em dezembro de 2022.
Por outro lado, a produção industrial recuou 0,5% na passagem de março para abril, interrompendo dois meses consecutivos de crescimento, período em que acumulou expansão de 1%. Com esses resultados, o setor ainda se encontra 0,1% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,8% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. No acumulado do ano, porém, o setor industrial cresceu 3,5%.
IBC-Br registra crescimento de 1,81% em 12 meses
Em 12 meses, o indicador do Banco Central, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto) apresentou avanço de 1,81%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, por sua vez, houve alta de 4,01%. No ano, acumula alta de 2,08% até abril. Devido às constantes revisões, o indicador acumulado em 12 meses é mais estável do que a medição mensal.
Em relação ao PIB, no primeiro trimestre de 2024 houve avanço de 0,8% no indicador frente ao último trimestre de 2023, na série com ajuste sazonal.
O indicador foi puxado justamente pelo setor de Serviços, com alta de 1,4%, principalmente devido às contribuições do Comércio (3,0%), de Informação e Comunicação (2,1%) e de Outras atividades de serviços (1,6%). A Agropecuária cresceu 11,3% E a indústria registrou uma pequena variação negativa (-0,1%), que é considerada estabilidade.
Embora seja considerado uma espécie de termômetro do PIB, o IBC-Br tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo IBGE.
O indicador do BC, de frequência mensal, permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o PIB, de frequência trimestral, descreve um quadro mais abrangente da economia.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias