O Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (11/9) mostra que os analistas do mercado financeiro projetam uma maior expansão da economia para 2023 e 2024 e também uma estimativa da inflação maior para os dois anos.
Pela terceira semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 2,56% para 2,64%.
Já para 2024, a expectativa para o PIB – Produto Interno Bruto – é de crescimento de 1,47%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 2%, para os dois anos.
No segundo trimestre do ano, a economia brasileira cresceu 0,9%, na comparação com os primeiros três meses de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 3,4%.
O PIB acumula alta de 3,2% no período de 12 meses; e no semestre, a alta acumulada foi de 3,7%.
Estimativa da inflação para 2023 é de 4,93%
De acordo com o relatório Focus, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 4,93%. Na semana passada, a projeção era de 4,92%.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
Os analistas consultados pelo BC também subiram a projeção para a inflação em 2024, de 3,88% para 3,89%. Para 2025, ela se manteve em 3,5%.
Em julho, influenciado pelo aumento da gasolina, o IPCA foi de 0,12%, segundo o IBGE. A taxa ficou acima das observadas no mês anterior (-0,08%) e em julho de 2022 (-0,68%). Com o resultado, a inflação oficial acumula 2,99% no ano. Em 12 meses, a inflação é de 3,99%, acima dos 3,16% acumulados até junho.
Os dados do IPCA de agosto serão divulgados nesta terça-feira (12) pelo IBGE.
Taxa de juros se mantém dentro das estimativas
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, os analistas financeiros mantiveram a estimativa para o fim de 2023 em 11,75% ao ano. Para 2024, a projeção continua em 9% ao ano. Para 2025, ela segue em 8,5%.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. Foi a primeira queda da taxa básica de juros em três anos. A próxima reunião do colegiado está marcada para os dias 19 e 20 de setembro.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Diante da forte queda da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, iniciou, no mês passado, um ciclo de redução da Selic.
Outras estimativas apontadas no relatório são a cotação do dólar em 2023, que sobe de R$ 4,98 para R$ 5 – em 2024, a projeção é alta de R$ 5 para R$ 5,02; da entrada de investimentos estrangeiros diretos neste ano que continuas em US$ 80 bilhões de ingresso – em 2024 fica instável também no mesmo montante; e do saldo da balança comercial, com queda na projeção de US$ 72,4 bilhões para US$ 70,1 bilhões de superávit em 2023 – em 2024, a estimativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 60 bilhões.
O relatório Focus ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia.
Redação ICL Economia
Com informações do G1 e Agência Brasil