Ministro da Fazenda diz que juros chegaram a 13,75% por causa da farra eleitoral de Bolsonaro

Haddad também disse que redução dos preços dos combustíveis anunciada pelo Petrobras impactará positivamente na inflação.
18 de maio de 2023

Durante a audiência realizada na quarta (17) na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou a atenção dos parlamentares para a estimativa de R$ 740 bilhões de despesas com juros 2023 e mais R$ 600 bilhões em gastos tributários. O ministro defendeu que o Congresso preste atenção nos gastos para mais cortes. Haddad explicou que o desequilíbrio das contas públicas, promovido pelo gasto tributário injustificado, faz com que o BC suba os juros pela insustentabilidade da dívida pública.

Segundo a reportagem publicada no jornal Folha de S Paulo, na opinião de Haddad, os juros chegaram a 13,75% por causa dos gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição e que o governo do PT começou a corrigir a “confusão fiscal”.

Ministro da Fazenda fez as ponderações em resposta a questionamentos de deputados de oposição em relação ao Banco Central 

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Crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O ministro da Fazenda fez as ponderações em resposta a questionamentos de deputados de oposição em relação ao BC (Banco Central) e às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.

De acordo com Haddad, grandes empresários estão fazendo esse debate, “será que estão desrespeitando a autonomia do banco? Não, estão ponderando sobre a realidade concreta do empresário, trabalhador. Democracia é isso, poder falar, emitir opinião”.

De acordo com o ministro da Fazenda, outro fator que impactará positivamente na inflação é a redução dos preços de combustíveis anunciada pela Petrobras.

Haddad afirmou que não foi a única redução. Com a alta nos impostos prevista para o preço da gasolina no início do segundo semestre e do diesel para o início do ano que vem, a estatal guardou uma “gordura para acomodar a reoneração”, disse.

A expectativa é de que o aumento previsto para 1 de julho seja absorvido pela queda de preço que foi deixado para esse dia. Haddad também falou sobre o Desenrola, programa do governo que pretende ajudar a população mais pobre a pagar dívidas.

“O Desenrola só não foi lançado ainda porque depende do setor privado. Precisamos aproximar credor e devedor para dar subsídio para população de baixa renda”, avaliou o ministro da Fazenda.

De acordo com ele, “o programa operacional já está em desenvolvimento, os recursos, entre R$ 12 e R$ 15 bilhões está separado, a MP (Medida Provisória) está feita. Assim que sistema operacional estiver pronto vamos deflagrar”, prometeu.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e da Folha de S Paulo

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