OCDE melhora perspectiva de crescimento da economia brasileira em 2024 e 2025

Conforme a nova estimativa, o PIB nacional deve avançar 1,9% neste ano e 2,1% no próximo.
2 de maio de 2024

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) anunciou, nesta quinta-feira (2), que elevou as previsões de crescimento para a economia brasileira em 2024 e 2025. Conforme a nova estimativa, o PIB (Produto Interno Bruto) nacional deve avançar 1,9% neste ano e 2,1% no próximo.

No último relatório, o órgão previa crescimentos de 1,8% do PIB do Brasil em 2024 e de 2% em 2025, ou seja, as previsões anunciadas hoje são melhores que as anteriores. Em ambos os casos, a atualização foi de 0,1 ponto percentual.

Na avaliação do organismo internacional, a demanda interna vai impulsionar o crescimento do PIB nacional e será determinante nesse sentido.

Para essa projeção, são considerados a evolução da massa salarial e o ritmo mais forte da criação de empregos.

Por outro lado, a OCDE pontuou que a produção agrícola deve ficar aquém da colheita recorde do ano passado, em um contexto de condições climáticas menos favoráveis.

No Boletim Focus do Banco Central, o mercado financeiro projeta o crescimento da economia brasileira em 2,02% este ano, e em 2% para os próximos dois anos.

OCDE prevê melhor crescimento para a economia global

A entidade também prevê melhor crescimento da economia global. A atualização das previsões mostra ainda que o avanço mundial será de 3,1% neste ano e deve acelerar para 3,2% em 2025. O relatório anterior projetava altas de 2,9% neste ano e 3% em 2025.

Porém, a organização prevê fraco crescimento da China. Conforme a publicação, as tensões geopolíticas e a desaceleração do principal parceiro comercial do Brasil podem afetar a demanda externa por bens nacionais e impactar no crescimento da economia.

Ainda no Brasil, a OCDE aponta tendência de desaceleração da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que deve diminuir para 4% em 2024 e 3,3% em 2025.

Mas pontua que o IPCA pode ser afetado por movimentos adversos na agricultura, setor determinante para os preços de alimentos e bebidas. Isso, na avaliação do organismo, pode provocar elevações temporárias da inflação.

Em relação à taxa básica de juros, a OCDE ainda avalia que a queda da inflação é determinante para novos cortes da Selic.

Com o avanço dos preços controlados, a OCDE prevê novas reduções da taxa básica de juros, 8,75% ao ano ao final de 2024 e 8,25% no segundo semestre de 2025.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

 

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