O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem procurado restaurar a presença internacional do Brasil e reposicionar o País para atrair investimentos, principalmente com a retomada de um papel ativo no combate às mudanças climáticas e na defesa dos direitos humanos. Com este objetivo, o governo vai pagar dívidas pendentes de R$ 2,6 bilhões a organizações multilaterais em 2023, uma forma de reforçar seu compromisso com fóruns globais, disse o Ministério do Planejamento na semana passada, segundo informações da Reuters.
O governo brasileiro deve R$ 5 bilhões a organizações internacionais como a Organização das Nações Unidas (ONU) e Organização Internacional do Trabalho (OIT), havendo o risco de o Brasil ser excluído dos fóruns.
Principais dívidas são com a ONU
As principais dívidas são com a Organização das Nações Unidas (US$ 58,8 milhões) e por missões de paz da ONU (R$ 264 milhões). O Brasil também está com pagamentos atrasados com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o que poderia ameaçar seu processo de adesão ao clube dos países ricos com sede em Paris.
De acordo com o Ministério do Planejamento, R$ 480 milhões serão pagos neste mês. Segundo notícia publicada no Valor Econômico, o governo brasileiro tem até o próximo mês para pagar 5,1 milhões de euros devidos à OCDE para cobrir despesas de viagem, estudos e outras despesas relacionadas à sua candidatura para ingressar na organização.
O BID é aquele com quem o Brasil mantém sua maior carteira, de cerca de US$ 16,2 bilhões. A carteira com o Banco Mundial, que é o segundo maior, é de US$ 9 bilhões.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias