Diretor de Política Monetária do BC também disse que o avanço recente do dólar ante o real gera um "incômodo".
Os membros do colegiado afirmaram que "o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador", e por isso reafirmaram, unanimente, que devem perseguir a reancoragem das expectativas para o IPCA de 2024 e 2025.
Além da ata do Copom, também saem os dados da arrecadação federal de maio, com o consenso LSEG projetando R$ 200 bilhões.
Por aqui, saem hoje o Boletim Focus, confiança do consumidor de junho e transações correntes de maio.
Na avaliação do economista e fundador do ICL, mercado financeiro vem especulando com o dólar com o objetivo de interferir na escolha do futuro presidente do Banco Central.
O dólar fechou com alta de 0,11%, cotado a R$ 5,45. A moeda norte-americana chegou à quinta alta seguida diante do real.
Em comentário discreto sobre a decisão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil vai seguir crescendo e que o governo vai superar “qualquer que seja” a decisão do Banco Central sobre juros.
Comunicado cita "ambiente externo adverso, em função da incerteza elevada e persistente sobre a flexibilização da política monetária nos Estados Unidos" e cita cenário de inflação no Brasil.
O dólar à vista subiu 0,15%, a R$ 5,441 na compra e a R$ 5,442 na venda.
Especialistas esperam que o anúncio de hoje seja fruto de uma decisão consensual, com unanimidade de votos, a fim de reduzir os ruídos gerados na última reunião, em que houve cisão de votos.