Deborah Magagna e André Campedelli lembram que possíveis cortes ou altas na Selic têm efeitos de longo prazo e que, se o Copom subir os juros, vai jogar no "lombo do trabalhador" o controle da inflação.
"A atividade está aquecida, se mostrando dinâmica no Brasil", disse o diretor de Política Monetária do BC durante atividade em Teresina, Piauí.
O dólar comercial também respondeu e fechou com forte queda de 1,48%, a R$ 5,65.
Ata ainda aponta "percepção mais recente" dos agentes de mercado em relação ao aumento dos gastos públicos e à sustentabilidade do atual arcabouço fiscal.
Considerando os juros nominais, ou seja, a taxa básica de juros, sem descontar a inflação, o Brasil permanece 6ª posição.
No comunicado divulgado com a decisão, o colegiado disse que “monitora com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”.
Se mantida a taxa, o Brasil se consolida como o segundo colocado num ranking de países com o maior juro real do mundo, só perdendo para a Rússia.
Por aqui, saem os dados de inflação do IGP-M e dos preços ao produtor.
Segundo o relatório, a expectativa para a inflação deste ano saiu de 4,05% para 4,10%, e, para o ano que vem, subiu de 3,90% para 3,96%.
O dólar comercial encerrou o dia com alta de 1,16%, cotado a R$ 5,45.