O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem procurado ficar mais em Brasília para negociar, com parlamentares, a votação dos projetos importantes ao governo, para elevar a arrecadação e, assim, cumprir a meta de déficit fiscal zero em 2024.
Praticamente esta será a semana que encerra a agenda de divulgação de uma série de indicadores econômicos por aqui e no exterior. Os destaques no Brasil são a tramitação da pauta econômica no Congresso e a decisão sobre a taxa Selic pelo Banco Central, na quarta-feira (13).
No Brasil, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mobiliza esforços para aprovar MP das subvenções ainda em 2023, uma das medidas mais importantes da equipe econômica para elevar a arrecadação federal.
O dólar fechou a R$ 4,9090, com alta de 0,13% no mercado à vista.
Regulamentação das apostas esportivas, subvenção do ICMS e juros sobre capital próprio tramitam no Congresso e são as apostas do Executivo para cumprir a meta de zerar o déficit fiscal em 2024. Há, ainda, a reforma tributária, com efeitos de longo prazo.
Ideia da Fazenda é incluir o tema de carona na tramitação da medida provisória 1185, que aumenta a tributação de grandes empresas que possuem benefícios fiscais de ICMS. Equipe busca elevar a arrecadação em R$ 10 bilhões a partir de 2024.
Montante representa 4,5% do PIB e é um dos principais alvos de críticas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Este ano, a previsão é de que os chamados gastos tributários, como são tecnicamente nomeados esses benefícios, somem R$ 450 bilhões (4,29% do PIB).
Presidente apresentou uma lista de ao menos sete propostas para elevar a arrecadação no ano que vem. Assim, governo quer evitar ter que mudar a meta de zerar o déficit fiscal no ano que vem ou cortar despesas de programas sociais importantes.
Grande foco do dia serão as decisões sobre política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.
Após o encontro, que ocorreu nesta terça-feira (31), no Palácio do Planalto, Alexandre Padilha e outras lideranças disseram que mudar a proposta de déficit zero no ano que vem não esteve na mesa. "Dedicação do governo é elevar arrecadação", disse Padilha.