Projetos com potencial de elevar a arrecadação em R$ 67 bilhões foram entregues aos parlamentares entre junho e agosto. Mas congressistas tem usado agenda cara à equipe econômica para barganhar mais espaço no governo.
Ontem (9), o ministro da Fazenda reconheceu a existência de um cenário externo desafiador, mas destacou que o avanço da agenda econômica interna deve proteger a economia brasileira de possíveis desdobramentos
Nas negociações do dia, o dólar encerrou a R$ 5,1692, com avanço de 0,31%.
O governo esperava que a votação acontecesse ainda nesta semana
Objetivo da mudança feita pelo relator, deputado Pedro Paulo, é vencer a resistência à proposta no Congresso, como a do próprio presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Mudança foi feita após acordo com o governo Lula
A destituição histórica do republicano Kevin McCarthy do cargo de presidente da Câmara também está pesando no humor dos investidores, nesta 4ª feira.
Nas negociações do dia, o dólar encerrou a sessão a R$ 5,1543, com alta de 1,73% no mercado à vista.
Na opinião de André Campedelli, não importam todos os acenos já feitos pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao mercado. "O chamado 'mercado' parece nunca estar completamente satisfeito com o governo", diz.
Somente com as mudanças no voto de qualidade do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), espécie de tribunal da Receita Federal, o governo pretende arrecadar R$ 54,7 bilhões. Projeto foi aprovado ontem (30) pelo Senado e segue agora para sanção do presidente Lula.
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, as contas do governo registraram déficit primário de R$ 78,24 bilhões, informou o Tesouro Nacional, principalmente, devido à alta das despesas autorizada por meio da PEC da transição, aprovada no fim de 2022