Analistas reduziram as apostas para o corte da Selic na reunião do Copom do BC que começa amanhã (7). A decisão será anunciada na quarta-feira (8) e, agora, o mercado aposta em queda de 0,25 ponto percentual e não mais de 0,50 p.p.
Analistas consultados para o relatório do Banco Central reduziram a estimativa de inflação de 3,76% para 3,71% este ano. Ao mesmo tempo, elevaram a projeção de crescimento da economia de 1,90% para 1,95%.
O argumento da autoridade monetária são as incertezas sobre o comportamento da inflação. A partir de junho, a expectativa do mercado é que o ritmo de cortes e o tamanho dos cortes devem ser menores.
Comunicado divulgado com a decisão diz que "ambiente externo segue volátil" e que "o cenário-base não se alterou substancialmente".
Para economistas do ICL, manter juros elevados é remédio amargo demais e que não é eficiente para controlar a inflação. CNI vê espaço para corte de 0,75 p.p. na Selic na reunião de hoje.
"A gente já provou nos últimos anos que pode crescer acima de 2%, 2,5%, sem gerar pressão inflacionária”, afirmou o secretário de política econômica da Fazenda, Guilherme Mello.
Comitê reforça que "houve um progresso desinflacionário relevante", em linha com o antecipado pela autoridade monetária, mas que ainda há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta.
Uma das poucas mudanças feitas na previsão foi em relação ao dólar para 2026, que caiu de R$ 5,05 para R$ 5,04.
Essa foi a quinta redução seguida na Selic, que agora está no menor patamar desde março de 2022 (10,75%). Comunicado do colegiado fala em "serenidade" e "moderação" na condução da política monetária diante de cenário global desafiador.
Segundo ministro, alta da dívida pública é herança do governo anterior.