Expectativa do mercado financeiro é que a Selic, atualmente em 11,75% ao ano, encerre 2024 na casa dos 9% ao ano.
Em relação a 2023, o mercado voltou a estimar que a inflação oficial consolidada será de 4,46%. O resultado consolidado será divulgado nas próximas semanas.
Para 2023, a projeção do IPCA caiu para 4,46% e, para o ano que vem, foi a 3,91%. Mercado também projeta Selic em 9% ao ano no fim de 2024.
A previsão de cortes, segundo Campos Neto, se baseia nas variáveis atuais do cenário econômico, como queda de preços e diminuição na taxa de juros de longo prazo no exterior, além das medidas de equilíbrio fiscal do governo.
Trecho do documento também reforça cautela, por parte dos países emergentes como o Brasil, com o cenário externo.
Segundo Haddad, o corte nos juros é "boa notícia para as famílias" e afirmou que investidores podem se preparar para um ciclo de crescimento "mais sustentável, com baixa inflação e baixo desemprego"
Trecho do comunicado divulgado com a decisão diz: "Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões".
"Temos gordura para queimar na política monetária, nossa taxa de juro real ainda está muito distante do segundo colocado", disse o ministro da Fazenda
Em entrevista ao canal asiático da Bloomberg TV, o presidente do Banco Central disse que é difícil saber onde o ciclo de redução vai terminar, mas salientou que "o corte de 0,50 ponto é o apropriado a seguir nas próximas duas reuniões".
Segundo o BC, taxa média cobrada de pessoas físicas e empresas recuou de 43,5% para 43,3% ao ano, no período de agosto para setembro de 2023. Juros do cheque especial subiu, enquanto o do rotativo do cartão caiu no período. Mas, ainda assim, continuam altos.