A partir de sexta-feira (12), o litro do diesel passa a ser vendido a R$ 5,19, uma redução de R$ 0,22, ou 4,07%, em relação aos atuais R$ 5,41. Os preços dos demais combustíveis seguem inalterados. A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (11) uma nova redução no preço do diesel vendido às distribuidoras. É a segunda queda seguida anunciada no preço do diesel, após uma trajetória de alta que vinha desde julho de 2021: na semana passada, o valor do litro do combustível foi reduzido em 3,57%. Com isso, apesar das duas quedas seguidas, o preço do diesel vendido às distribuidoras ainda é 55,39% maior que o praticado no final de 2021.
O diesel está entre os itens que mais pressionam a inflação brasileira: dados do IPCA divulgados na quarta-feira mostram que no acumulado em 12 meses até julho, o preço do combustível para os consumidores saltou 61,98%.
Em nota, a Petrobras afirma que a redução “acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 4,87, em média, para R$ 4,67 a cada litro vendido na bomba, de acordo com a estatal.
Queda do preço do diesel é parte da limitação do ICMS. Intenção do Governo é diminuir a inflação durante a campanha para reeleição
Além de seguir cotação internacional atrelada ao preço do barril do petróleo no exterior, a redução dos combustíveis sente o efeito da limitação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), adotada pelos estados, após ser sancionado o projeto que cria um teto para o imposto sobre itens como diesel, gasolina, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. Houve uma pressão do Governo para a limitação do ICMS e redução dos preços do diesel, gasolina, energia elétrica às vésperas da eleição.
Pelo texto, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral que varia de 17% a 18%, dependendo da localidade. Até então, os combustíveis e outros bens que o projeto beneficia eram considerados supérfluos e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
Em junho, os preços do litro do diesel e da gasolina alcançaram os maiores valores nominais pagos pelos consumidores para os combustíveis desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.
Agora, o levantamento semanal de preços, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) segue fora do ar após uma tentativa de ataque cibernético, os sistemas da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dentre eles, o levantamento semanal de preços. Deveria ter sido divulgado na sexta-feira passada (5), mas, ainda não é conhecido e segue sem previsão de divulgação.
Em nota enviada na semana passada, a ANP informou que os sistemas foram retirados do ar como medida de segurança, para avaliação dos riscos.
Nesta quinta-feira (11), a ANP disse em nota que segue “tomando todas as providências para o retorno dos seus sistemas o mais rápido possível”. “O trabalho está sendo feito de forma criteriosa, para que a retomada ocorra com segurança”, diz a nota.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias