Em entrevista ao podcast O Assunto, do portal de notícias g1, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que acredita que a “grande marca” do terceiro mandato de Lula, à frente do Palácio do Planalto, será a condução do Plano de Transição Ecológica, um plano socioambiental robusto, com foco em transição energética e suas potencialidades para a economia brasileira. O ministro deu detalhes do Plano de Transição Ecológica, o qual ele considera que pode ser a grande marca do governo Lula 3.
Durante a entrevista ao podcast, Haddad também falou da intenção de reequilibrar as contas públicas e cumprir a promessa de zerar o déficit em 2024.
Segundo o ministro da Fazenda, a transição ecológica pretende gerar empregos de ponta. “Ele pode parecer exagerado, mas é um plano com mais de 100 ações que vão se desdobrar em quatro anos”, afirmou.
Entre as medidas contidas no plano, estão a aprovação de legislação que regulamenta o mercado de crédito de carbono, a própria implementação de um IS (Imposto Seletivo) ‒ previsto na reforma tributária para incidir sobre bens e serviços nocivos à saúde ou ao meio ambiente ‒ até a exploração de terras raras, e a criação de uma infraestrutura legal que desburocratize investimentos verdes.
O ministro ainda reforçou na entrevista que a volta de Marina Silva ao Ministério do Meio Ambiente teve como objetivo que ela trabalhasse ao lado de Haddad na construção de um plano ambiental, pois o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tinha no horizonte colocar o Brasil como ator nesse tema em seu novo governo.
Plano de Transição Ecológica está em validação com o presidente Lula
De acordo com Haddad, o plano, apresentado pelo presidente Lula na semana passada, é um mapeamento muito amplo das oportunidades.
Haddad disse ter visto os “olhos do presidente brilharem” quando ele apresentou o plano ao presidente. “É um conjunto de oportunidades que pode alavancar muito a economia brasileira”, afirmou.
Haddad explicou ser importante entregar ao longo do mandato do presidente essas ações, desde leis encaminhadas a partir de agosto (como a Lei de Crédito de Carbono) até a infraestrutura legal que desburocratiza investimentos verdes.
O Plano de Transição Ecológica nasceu no Ministério da Fazenda. Havia uma estrutura que estava trabalhando em silêncio para mapear todas as oportunidades que o Brasil tem com vantagens competitivas em relação ao mundo para modernizar a infraestrutura produtiva do país, o que inclui geração de energia limpa para atração de investimentos estrangeiros que querem produzir produtos verdes e transformar isso numa marca do Brasil”, afirmou Haddad durante a entrevista ao podcast.
Já houve conversas iniciais com outras pastas, como o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, comandado por Marina Silva (Rede); do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, liderado pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB); e do Ministério de Minas e Energia, capitaneado por Alexandre Silveira (PSD).
Segundo o ministro, o Plano de Transição Ecológica contará, sobretudo, com investimentos privados e parcerias com o setor público. “E [o objetivo] é criar uma infraestrutura jurídica e um ambiente de negócios propício ao investimento verde”, disse.
Redação ICL Economia
Com informações do G1 e das agências de notícias