Os clientes de planos de saúde terão que arcar com um reajuste em suas mensalidades a partir do mês que vem. O setor deve ter o maior aumento dos últimos 20 anos, com uma alta que varia entre 15% e 18,2%.
Segundo a Agência Nacional de Saúde (ANS), o percentual máximo de reajuste é baseado na variação das despesas assistenciais nos dois anos anteriores à divulgação do índice, que foram anos de grande inflação geral de preços.
A Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) estima um reajuste de 16,3%. A alta esperada supera a marca recorde de 13,57%, atingida em 2016.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) explica que, além da inflação, serão atribuídos no reajuste os custos de tratamentos contínuos como, por exemplo, o da pós Covid-19. De acordo com a OMS, as sequelas atingem de 10% a 20% das pessoas que contraíram o coronavírus. No Brasil, isso corresponde a até seis milhões de pessoas.
Ana Carolina Navarrete, coordenadora do programa de Saúde do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), questiona o aumento e afirma que “as projeções do mercado não refletem necessariamente os dados sobre a utilização dos planos de saúde, a chamada sinistralidade, que em 2021 permaneceu inferior ao observado no mesmo período de 2019, entre 75% e 77%”.
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) aponta que, de janeiro de 2020 até fevereiro de 2021, o custo para os planos de saúdes chegou a diminuir em 1,7%, devido ao adiamento de procedimentos por conta da pandemia. Por outro lado, no segundo trimestre de 2021, houve aumento da despesa per capita para serviços ambulatoriais (23,3%), exames (20,8%) e internação (20%).
Redação ICL Economia
Com informações da Rede Brasil Atual