Anúncio do programa de renegociação de dívidas Desenrola é esperado para depois do Carnaval

Tanto o Desenrola quanto a correção da tabela do Imposto de Renda e do salário mínimo já estão no Palácio do Planalto para avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
14 de fevereiro de 2023

O programa para renegociação de dívidas chamado Desenrola é esperado para depois do Carnaval, segundo previsão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante a abertura da reunião do diretório nacional do PT na segunda-feira (13), em Brasília. Tanto o Desenrola quanto a correção da tabela do Imposto de Renda e do salário mínimo já estão no Palácio do Planalto para avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), avisou Haddad, por meio da assessoria de imprensa do PT.

A parcela de famílias com dívidas – em atraso ou não – chegou a 78% na passagem de dezembro de 2022 para janeiro deste ano. Em janeiro do ano passado, o percentual de quem tinha tívidas era de 76,1%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada hoje (8), no Rio de Janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Renegociação de dívidas, no programa Desenrola, pode contemplar até 40 milhões de brasileiros que estão endividados e têm renda de até dois salários mínimos

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A expectativa é de que o programa Desenrola ofereça condições facilitadas para a renegociação de dívidas das pessoas até um certo limite, a ser definido pelo governo federal. A iniciativa para ajudar quem tem dívidas na retomada econômica. O programa pode contemplar até 40 milhões de brasileiros que estão endividados e têm renda de até dois salários mínimos.

Já em relação à correção da tabela do IR, a promessa de Lula durante a campanha eleitoral era de isentar do imposto pessoas com renda mensal de até R$ 5.000, mas isso não deve acontecer neste ano. Hoje, é isento quem tem um salário mensal menor do que R$ 1.900. O plano em discussão avalia elevar esse patamar para dois salários mínimos.

Segundo a assessoria do partido, Haddad também abordou a política monetária e a questão dos juros na sua fala para o diretório nacional do PT. Repetiu o que disse na semana passada em reunião com a bancada petista na Câmara dos Deputados, quando preferiu se distanciar da crise gerada pelas críticas de Lula ao BC.

Na apresentação, Haddad disse que não alimentava expectativa de redução de juros na última reunião do Copom, mas esperava uma sinalização.

A bancada do PT, por sua vez, articula um convite para que Roberto Campos Neto, presidente da autarquia, vá ao Congresso Nacional falar sobre a política de juros.

O ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência da República, Paulo Pimenta, disse que “não há nenhuma discussão dentro do governo” para que o CMN mude a meta de inflação. O ministro Haddad e a ministra Simone Tebet integram o CMN.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

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