As bolsas mundiais operam em alta em sua maioria, enquanto os índices futuros estão em trajetória de baixa nesta manhã de “Super Quarta” (22), quando serão divulgadas as decisões do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central americano (Fomc, na sigla em inglês) e do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre as taxas de juros.
Nos Estados Unidos, grande parte dos investidores espera que a autoridade monetária mantenha o ritmo de alta em 0,25 ponto percentual, a exemplo do que ocorreu na última vez, em fevereiro, para 4,5% ao ano. Enquanto isso, uma pequena ala acredita até mesmo que o Fomc decidirá por manter a taxa estável diante do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank e, também, os problemas envolvendo o Credit Suisse, na Suíça.
Do lado de cá, a expectativa é que o Copom mantenha a taxa básica de juros (Selic) nos atuais 13,75%, diante do cenário econômico de instabilidade.
Tanto aqui como nos Estados Unidos, os investidores estarão atentos aos comunicados que serão divulgados com as decisões, pois, a partir deles, poderão ter sinais sobre o futuro da política monetária nos dois países.
Na Europa, a maioria dos mercados opera com leve alta, após a inflação do Reino Unido superar as expectativas e antes da decisão de juros do Fed.
Na Ásia, as bolsas fecharam com alta generalizada, com investidores se preparando pela decisão do futuro dos juros nos EUA, decisão que acaba impactando grande parte das economias globais.
Brasil
O Ibovespa fechou o pregão de terça-feira (21) em queda, com os investidores de olho na decisão de juros nos Estados Unidos e no Brasil. O principal índice da Bolsa brasileira subiu 0,07%, aos 100.998 pontos.
Segundo analistas do mercado financeiro, a atenção desta semana agora é para a reunião do Fed (Federal Reserve), nos Estados Unidos, que teve início ontem (21) e termina hoje (22) com um novo comunicado sobre a política monetária. Parte dos economistas acredita em uma pausa na política de juros dos EUA para tentar garantir a estabilidade financeira. Outra parte crê que o Fed aumentará sua taxa básica, pois dados da economia americana ainda estão fortes, pressionando a inflação.
Nas negociações do dia, o dólar fechou com alta de 0,05%, cotado a R$ 5,245 na compra e a R$ 5,246 na venda.
Europa
A maioria das bolsas da Europa opera com leve alta, exceto o FTSE, do Reino Unido, depois que a inflação ao consumidor do grupo de países superou as expectativas, subindo de 10,1% em janeiro para 10,4% em fevereiro. Economistas consultados pela Refinitiv esperavam uma desaceleração para 9,9%.
O núcleo do CPI, excluindo alimentos e energia, subiu de 5,8% para 6,2%, também acima das expectativas.
Amanhã (23), será a vez de o Banco da Inglaterra ter sua reunião para definir a taxa de juros e os dados da inflação são um termômetro importante para a decisão.
FTSE 100 (Reino Unido), -0,24%
DAX (Alemanha), +0,38%
CAC 40 (França), +0,11%
FTSE MIB (Itália), +0,11%
STOXX 600, +0,18%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã de quarta-feira, com investidores aguardando a definição da nova taxa de juros e, principalmente, o comunicado que será divulgado com ela, com os próximos passos a serem tomados pela autoridade monetária.
Dow Jones Futuro (EUA), -0,17%
S&P 500 Futuro (EUA), -0,22%
Nasdaq Futuro (EUA), -0,38%
Ásia
As bolsas da Ásia fecharam com alta generalizada, com investidores se preparando para a decisão dos juros nos EUA.
Shanghai SE (China), +0,31%
Nikkei (Japão), +1,93%
Hang Seng Index (Hong Kong), +1,73%
Kospi (Coreia do Sul), +1,20%
ASX 200 (Austrália), +0,87%
Petróleo
Os preços do petróleo também operam com baixa, interrompendo uma sequência de duas altas, depois de um aumento inesperados dos estoques de petróleo dos EUA na semana passada, em um sinal de que a demanda por combustível pode estar enfraquecendo.
Petróleo WTI, -0,65%, a US$ 69,22 o barril
Petróleo Brent, -0,53%, a US$ 74,92 o barril
Agenda
O evento mais aguardado da agenda internacional de hoje é a divulgação da nova taxa de juros nos EUA e a coletiva que será concedida pelo presidente do Fed, Jerome Powell, que poderá dar sinais sobre a saúde da economia norte-americana. Além disso, saem os dados do auxílio-desemprego semanal, com o consenso Refinitiv prevendo 197 mil solicitações; e os de novas moradias de fevereiro. Na Europa, será divulgada a confiança do consumidor de março.
Por aqui, no Brasil, do lado político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou o adiamento do anúncio da proposta do novo arcabouço fiscal e renovou as críticas aos juros praticados no Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária. Na seara econômica, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve divulgar a manutenção da taxa básica de juros (Selic) no patamar atual, de 13,75% ao ano.
Redação ICL Economia
Com informações das agências