Entre as evidências mais importantes da análise, destaca-se no período recente o crescimento da renda dos muito ricos a um ritmo duas a três vezes maior do que a média registrada por 95% dos brasileiros.
Segundo o economista e fundador do ICL, impostos sobre a renda e o consumo consomem boa parte da remuneração dos menos endinheirados do país, enquanto os muito ricos pagam proporcionalmente muito menos e ainda poupam o restante com condições vantajosas.
No País, quem tem renda média superior a 320 salários mínimo (R$ 422 mil mensais) paga uma alíquota efetiva de 5,43% de Imposto de renda. Já a classe média paga a alíquota de 11,25% de imposto de renda entre os que ganham 15 a 20 salários mínimos
O levantamento do Sindifisco mostra ainda que a alíquota efetiva paga pelos contribuintes de maior renda caiu por dois anos seguidos, entre 2019 e 2021, período em que houve crescimento do pagamento de lucro e dividendos, o que deixou o topo da pirâmide ainda mais rico
Os 3 grupos de rendas incluem aqueles 40% mais pobres (R$ 253,95 per capita), 50% intermediários (R$ 1.530,96 per capita) e os 10% mais ricos (R$ 7.933,66 per capita). Na média geral, a renda per capita fica em R$ 1.644,00
Na média, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), passou de 0,62% em dezembro para 0,53% em janeiro
Entre janeiro de 2019 a dezembro de 2021, número de milionários chegou a 2,1 milhões de pessoas enquanto 62,5 milhões de brasileiros e brasileiras empobreceram
"É o maior programa de transferência de renda da história, de toda sociedade, para o 1% mais rico do País”, diz o economista e professor da UnB José Luís Oreiro