Para secretário de política econômica, piora do cenário externo pressiona os países emergentes e dificulta aumento no ritmo de corte dos juros no Brasil.
Picchetti é professor da FGV e Teixeira é servidor de carreira da autarquia. Antes, porém, ambos vão passar por sabatina no Senado. Os dois também farão parte do Copom, responsável por definir a taxa básica de juros (Selic).
Para 2024, representantes do mercado ouvidos para a publicação do Banco Central elevaram de 3,87% para 3,90% a estimativa de inflação. Ainda assim, tanto neste quanto no próximo ano, indicador se mantém dentro da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).
Ministro pontuou que "2024 será um ano desafiador" e que ninguém sabe "quando as taxas de juros começarão a cair pelo mundo". Por isso, ele acredita que o Brasil deve aproveitar o momento para queimar a "gordura" da Selic.
Se for cumprida a projeção, a inflação ficará dentro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional pela primeira vez em três anos. O centro da meta de inflação estipulado para este ano é de 3,25%. Inflação será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,75% e 4,75% em 2023.
Em relação ao PIB, o mercado financeiro manteve a previsão de crescimento estável para a economia brasileira em 2,92% este ano.
O ritmo do corte foi considerado pelos diretores do BC como apropriado nas próximas reuniões para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.
Para 2023, os analistas consultados reduziram de 4,93% para 4,86% a estimativa de inflação medida pelo IPCA. Já para o ano que vem, o mercado financeiro baixou de 3,89% para 3,86% a projeção para o indicador.
Expectativa do mercado financeiro aponta também para inflação de 4,92%, manutenção da Selic em 11,75% e taxa de câmbio para o fim de 2023 em R$ 4,98
Em relação à inflação medida pelo IPCA, os analistas mantiveram a projeção do indicador em 4,9%, depois de alta na última semana