O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve lançar, nos próximos dias, 110 mil imóveis dentro do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, uma das vitrines do terceiro mandato do petista. Desta vez, as unidades serão entregues à população rural e a grupos de quilombolas e indígenas.
Do total a ser lançado nos próximos dias, cerca de 75 mil serão anunciadas para moradores de zonas rurais e o restante (cerca de 38 mil) vai para entidades, como associações de moradores, o que inclui quilombolas e indígenas.
O anúncio do pacote de novas unidades do programa, embora não seja o maior, tem peso político por atender a um público prioritário dentro da agenda do PT. Por isso, o Palácio do Planalto planeja uma cerimônia com o presidente, ministros e representantes do público beneficiado.
Outra novidade a ser anunciada nos próximos dias é a prorrogação do prazo para que construtoras e prefeituras possam finalizar contratos da Faixa 1 do programa, aquela que atende ao público de mais baixa renda.
A meta do governo é atingir 2 milhões de novas unidades no Minha Casa Minha Vida antes do fim do terceiro mandato de Lula, em 2026.
“Podemos ultrapassar essa previsão. Acho que a meta poderá ser cumprida já no meio de 2026”, disse o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB). ao g1 e à TV Globo.
Após o lançamento das 110 mil unidades, será aberto prazo para que estados, prefeituras e entidades apresentem os projetos para o Ministério das Cidades selecionar quem receberá os recursos. A ideia é que os contratos sejam firmados ainda neste ano.
Minha Casa, Minha Vida: governo vai estender prazo para projetos destinados à Faixa 1
O governo vai prorrogar de 22 de abril para 22 de setembro o prazo para que construtoras e prefeituras consigam adaptar os projetos de casas para população de renda mais baixa (Faixa 1), que atende a famílias com renda bruta familiar mensal de até R$ 2.640. A expectativa é de que sejam contempladas nessa etapa 120 mil unidades.
A Faixa 1 havia sido extinta do programa habitacional no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o Casa Verde e Amarela, que foi uma versão repaginada só no nome do Minha Casa, Minha Vida instituído pelo governo Lula 1.
As justificativas do governo para estender o prazo foi de que esse mercado ficou paralisado por quatro anos, ou seja, ao longo do governo Bolsonaro; e, quando o Minha Casa, Minha Vida foi relançado, passou a ter novas exigências, como varandas e especificações para o terreno, como maior integração com centros urbanos.
Até setembro, a previsão é que essa etapa seja concluída para 120 mil residências.
Jader Filho disse que, apesar da extensão do prazo, as obras devem ser finalizadas com celeridade, pois o setor de construção civil tem conseguido executar os empreendimentos em menos tempo do que há cinco anos.
“Hoje as construções são concluídas entre 18 e 24 meses. Antes podiam chegar a 36 meses. As construtoras querem fazer as entregas rapidamente, pois os valores dos contratos não mudam [se a obra demorar mais]”, disse.
Redação ICL Economia
Com informações do g1