O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, disse nesta segunda-feira (3) que o governo Lula vai revisar o crescimento do PIB brasileiro deste ano para um patamar entre 2,5% e 3%. No mês passado, a secretaria revisou a projeção do crescimento da economia no ano para 1,9%, ante 1,6% em março.
A informação vem no mesmo dia em que o Boletim Focus do Banco Central, que traz projeções do mercado financeiro, mostra que a projeção dos analistas para o PIB (Produto Interno Bruto) de 2023 subiu de 2,18% para 2,19%, acumulando oito semanas seguidas de melhora.
Segundo Mello, a realidade mostra “que nós tínhamos razão e o nosso cenário será revisado para cima”, mas isso será consolidado no próximo boletim MacroFiscal do Ministério da Fazenda, previsto para este mês. “Certamente, estamos próximos de um crescimento de 2,5% a 3%”, afirmou.
O PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia. É a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Além do PIB, o mercado financeiro reduziu de 12,25% para 12% a projeção de queda da taxa básica de juros (Selic) para este ano, e, também, reviu para baixo a inflação oficial projetada, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), de 5,06% para 4,98%.
Revisão do PIB brasileiro acontece depois de um trimestre bastante positivo para a economia
Puxada pelo agronegócio, a economia brasileira cresceu 1,9% no primeiro trimestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado, o que surpreendeu positivamente o mercado e o próprio governo. “Certamente, hoje nós estamos mais próximos de uma realidade de um crescimento do PIB entre 2,5% e 3% neste ano do que o cenário inicial do mercado, que era próximo de 1%”, disse Mello.
O secretário esteve na reunião de hoje do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, representando o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não participou porque sua mãe, Norma Theresa Goussein Haddad, morreu na noite de domingo (2).
“Desde o início do ano nós temos dito que o crescimento seria maior do que aquele previsto pelo mercado”, continuou Mello. Segundo ele, a previsão do governo era por volta de 2% inicialmente, enquanto o mercado apostava em “algo próximo de 0,8%”.
O crescimento das expectativas, de acordo com ele, “é fruto da melhoria do ambiente econômico que a economia brasileira tem assistido nos últimos meses”. O cenário com o novo arcabouço fiscal está sendo influenciado positivamente para “melhoria expressiva de alguns preços macroeconômicos”, disse Mello.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias e da Rede Brasil Atual