O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) do Banco Central registrou expansão de 0,4% em fevereiro, em linha com a expectativa de analistas. Considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), o indicador, divulgado nesta quarta-feira (17), reflete um mercado de trabalho forte e inflação sob controle. Foi o quarto mês seguido de expansão.
O BC também informou ter revisto o resultado de janeiro, de 0,60% para 0,52%.
Na parcial do ano, o indicador teve alta de 2,95%. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br de fevereiro teve alta de 2,59%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 2,34%.
O destaque em fevereiro foi o desempenho do varejo, com as vendas apresentando crescimento de 1,0% sobre o mês anterior, contrariando expectativa de queda e com o setor atingindo o maior patamar da série histórica, diante de um cenário mais favorável para o consumo.
IBC-Br: economia tem sido favorecida pelo mercado de trabalho aquecido, inflação sob controle e massa salarial
A economia brasileira tem sido favorecida pelo mercado de trabalho aquecido, inflação sob controle e o aumento da massa salarial neste início de ano, com destaque para o consumo das famílias.
Somado a isso, o Banco Central vem promovendo um ciclo de afrouxamento monetário com a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75%, o que favorece as condições de crédito no país.
O IBC-Br é considerado uma espécie de termômetro do PIB porque os dois indicadores usam metodologias diferentes para a mesma finalidade, que é medir a evolução da economia.
Para este ano, conforme o Boletim Focus do BC divulgado ontem (16), o mercado financeiro estima uma alta de 1,95% para o PIB – com desaceleração frente ao resultado do ano passado (+2,9%). Já para 2025, a expectativa é de um crescimento de 2%.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária, o que contribui para a redução dos juros.
Da Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias