O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central), que permite medir a evolução da economia brasileira e é tido como uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), avançou 1,4% em junho ante maio, acima do esperado por analistas. Os dados foram divulgados nesta manhã de sexta-feira (16) pelo Banco Central.
Na expectativa de analistas consultados pela LSEG, a alta estava estimada em 0,50%.
Em maio, o indicador havia avançado 0,25% frente a abril, mas o número foi revisado para cima pelo BC, apontando agora para um crescimento de 0,42% da atividade naquele mês.
No segundo trimestre do ano, a alta acumulada foi de 1,1% ante o trimestre anterior. No primeiro trimestre deste ano, o indicador teve expansão maior, de 1,5%.
O crescimento do IBC-Br no segundo trimestre 2024 foi o terceiro resultado positivo seguido. A última retração do indicador foi registrada no terceiro trimestre de 2023 (-0,8%). No ano, o indicador acumula avanço de 2,1%.
Em 12 meses, o avanço foi de 1,6%. Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve alta de 3,18%.
Desempenho do IBC-Br coincide com bons dados econômicos
O desempenho do IBC-Br coincide com os recentes indicadores macroeconômicos positivos. O mais surpreendente de todos, as vendas no varejo de maio, divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cresceram 1,2% na comparação com o mês anterior.
Os resultados do setor foram positivos em todos os meses deste ano e, com isso, o ponto mais alto da série, que havia sido registrado em abril, foi deslocado para maio. No ano, há alta acumulada de 5,6% e em 12 meses, de 3,4%.
Embora seja considerado um termômetro do PIB, dos dois indicadores possuem metodologias distintas.
O IBC-Br mostra como está a evolução da economia no Brasil e como a atividade forte ou não pode pressionar os preços.
Uma atividade econômica forte significa que as pessoas estão ganhando e desembolsando dinheiro, o que é bom por um lado, mas ruim por outro, porque pode pressionar a inflação e ser um motivo de preocupação para o Banco Central na hora de definir a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 10,5% ao ano.
Ou seja, uma aceleração no IBC-Br pode aumentar a chance de alta da Selic para combater o avanço generalizado dos preços.
Em relação ao PIB, o governo trabalha com uma projeção oficial de crescimento de 2,5% da economia este ano, mas o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o número deve ser revisto para cima em breve. Economistas consultados pelo Banco Central preveem alta de 2,2%.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias