O IBC-Br (Indicador de Atividade Econômica) do Banco Central avançou 0,2% em agosto ante julho, segundo dados divulgados pela autoridade monetária nesta manhã de segunda-feira (14).
O resultado foi calculado após ajuste sazonal – um tipo de “compensação” para comparar períodos diferentes.
Considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), o indicador ficou acima da expectativa de analistas, que esperavam algo em torno de zero (estabilidade) avanço de até 0,10%.
Em julho, o índice havia apresentado retração de 0,4%, a primeira queda desde março e a maior queda desde maio de 2023.
O indicador acumula alta de 2,5% em 12 meses até agosto. No ano, a alta é de 2,9%. Já na comparação com o mesmo período de 2023, a alta é de 3,1%.
O IBC-Br é divulgado após o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ter divulgado que o volume de serviços prestados no país recuou 0,4% em agosto, interrompendo dois meses seguidos de crescimento. Dessa forma, o setor se encontra 15,0% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 0,4% abaixo de julho de 2024 (ponto mais alto da série histórica).
Embora seja considerado uma espécie de termômetro do PIB, os dois indicadores têm metodologias diferentes de cálculo.
IBC-Br é usado pelo BC para balizar a taxa básica de juros
O indicador do Banco Central é importante porque ele mostra o quão forte está a economia do país e o quanto há de pressão inflacionária no cenário atual. Uma atividade econômica aquecida pode significar que mais pessoas estão trabalhando e, consequentemente, ganhando e gastando dinheiro. Tratado de uma das variáveis levadas em consideração pelo BC avalia tomar suas decisões monetárias e decidir se haverá cortes ou aumentos nos juros.
Em agosto, o Banco Central avaliou, por meio da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) que a “atividade econômica e do mercado de trabalho segue apresentando dinamismo maior do que o esperado”.
No final de setembro, o BC aumentou sua estimativa de crescimento da economia para 3,2% neste ano.
“O ritmo de crescimento da atividade econômica tem sido forte e superado as expectativas, expresso pelo crescimento significativo do PIB no primeiro semestre do ano”, informou o BC, na ocasião.
Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a equipe econômica deve revisar a projeção de crescimento da economia em 2024 para um valor acima de 3%.
Se confirmada a projeção do governo, o resultado do PIB neste ano mostrará aceleração em relação ao patamar de 2023 — quando houve uma expansão de 2,9%.
No mês passado, o Copom elevou a Selic de 10,50% para 10,75% ao ano, alta de 0,25 ponto percentual.
Na última semana, foi divulgado que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,44% em setembro.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias