A taxa de juros dos Estados Unidos teve alta de 0,25 ponto percentual, passando para a faixa de 4,5% a 4,75%. Na divulgação feita pelo banco central dos Estados Unidos, o Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), na quarta (1), houve a indicação de que a taxa continuará subindo, só que em um ritmo mais lento. Projeções anteriores dos analistas já indicavam que o banco central americano elevaria a taxa de juros em 0,25 ponto percentual. Ficou dentro do previsto pelo mercado, sem surpresas.
Na última reunião, o Federal Reserve havia elevado o referencial de juros em 0,50 ponto percentual, para o intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. O avanço dos juros nos Estados Unidos começou a desacelerar em um cenário de combate à inflação persistente.
No comunicado feito pelo FOMC (Comitê do Fed responsável pela política monetária), divulgado na quarta (1), consta que “o Comitê antecipa que os aumentos contínuos na meta serão apropriados para atingir uma postura de política monetária que seja suficientemente restritiva para retornar a inflação para 2% ao longo do tempo”.
“Ao determinar a extensão dos aumentos futuros no intervalo da meta, o Comitê levará em conta o aperto cumulativo da política monetária, as defasagens com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e os desenvolvimentos econômico-financeiros.”
Segundo o Fed, a guerra na Ucrânia ainda é vista como um acréscimo à “elevada incerteza global”, mas os agentes abandonaram a linguagem de comunicados anteriores que colocavam a guerra e a pandemia de Covid-19 como efeitos diretos para o aumento dos preços.
Com a alta da taxa de juros, preços ao consumidor dos Estados Unidos passam por desaceleração
Os preços ao consumidor dos EUA passam por desaceleração e tiveram alta de 6,5% no país em 2022, depois de chegarem a um pico de 9,1% em junho.
O aumento da taxa de juros nos Estados Unidos repercute na cotação do dólar no Brasil, por haver a saída da moeda do país, com o objetivo de buscar a melhor ganho lá fora. A divulgação da decisão do Fed não provocou movimentos mais acentuados na cotação do dólar na quarta (1) porque o mercado já esperava por esse aumento percentual.
Na prática, a alta de juros nos Estados Unidos indica uma desaceleração da economia mundial nos próximos meses, já que os empréstimos e investimentos ficam mais caros. Dados nos Estados Unidos já determinam a resiliência do mercado de trabalho e o ritmo de crescimento dos salários, mesmo com as leituras recentes de que a inflação está diminuindo.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias