A Câmara dos Deputados instalou na quarta-feira (17) uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a inconsistência contábil de mais de R$ 20 bilhões que foi apresentada nos balanços financeiros das Lojas Americanas. Foi eleito para a presidência da comissão o deputado Gustinho Ribeiro (Republicanos-SE). Atualmente, os bancos estão cobrando mais pelo tipo de operação de risco sacado, estopim da crise da rede Americanas.
O primeiro vice-presidente será o deputado Junior Mano (PL-CE) e o relator designado pelo presidente será Carlos Chiodini (MDB-SC). Na próxima reunião, o relator deve apresentar um plano de trabalho e a CPI deve votar requerimentos. A previsão é que a CPI dure até 28 de setembro, mas pode ser prorrogada.
Dívida de R$ 43 bilhões das Lojas Americanas gerou suspeitas de fraude e está sendo investigada
Em janeiro deste ano, a Lojas Americanas entrou em recuperação judicial após declarar inconsistências fiscais de R$ 20 bilhões e uma dívida de R$ 43 bilhões. O caso gerou suspeitas de fraude e está sendo investigado. O objetivo da CPI é apurar essas inconsistências. Para que uma CPI seja criada é necessário que, pelo menos, 171 deputados apoiem a criação da comissão parlamentar de inquérito.
O requerimento de abertura da Comissão, de autoria do deputado André Fufuca (PP-MA), sustenta que a instalação da comissão se faz necessária pois o “episódio com as Lojas Americanas, assim, afeta a credibilidade de todo o mercado de ações no Brasil”.
O requerimento de abertura da comissão foi lido no fim de abril pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). Após isso, o presidente da Casa lê o requerimento de criação da CPI e abre prazo para que os líderes partidários indiquem os integrantes do colegiado. A proporção das vagas nas comissões segue o número de partidos e blocos. A comissão terá 120 dias para investigar o tema e contará com 27 integrantes titulares e o mesmo número de suplentes.
Redação ICL Economia
Com informações do G1