Fazenda usa bom humor para combater desinformação propagada por memes de opositores

Na rede social X, a pasta fez uma postagem em seu perfil oficial com personagens da franquia de sucesso Divertidamente, acompanhada de um texto da reforma tributária.
18 de julho de 2024

O Ministério da Fazenda mostrou que a melhor forma de combater o ódio e a desinformação propagados pela extrema direita é o bom humor. Na rede social X, a pasta fez uma postagem em seu perfil oficial com personagens da franquia de sucesso Divertidamente, acompanhada de um texto da reforma tributária.

A postagem é acompanhada da imagem que ilustra este texto com a da seguinte mensagem: “Um mix de emoções envolveu todos os brasileiros com a grande conquista da #ReformaTributária após 40 anos. O Brasil agora terá um sistema tributário simples e justo! Fique por dentro: https://bit.ly/4d5PsbG”.

A resposta da Fazenda ocorre após uma onda de memes tomar as redes sociais associando o ministro Fernando Haddad ao aumento de impostos.

A pasta ilustrou a postagem com memes do filme Divertidamente 2, cuja premissa é baseada em explorar as emoções específicas da mente de uma menina. Cada emoção é um personagem.

Esta semana, o vice-presidente e ministro do Mdic (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Geraldo Alckmin, saiu em defesa de Haddad pelos memes propagados pela extrema direita, ao afirmar que a carga tributária no atual governo não aumentou. Pelo contrário, Alckmin disse que a carga tributária caiu no país. “Se pegarmos a carga tributária de 2022 para 2023, ela não aumentou, até que caiu um pouquinho”, afirmou Alckmin.

“Em 2023, a carga tributária bruta foi 32,4% do PIB [Produto Interno Bruto]. Ela era 33,7% até 2022. A carga tributária não só não aumentou no governo do presidente Lula como caiu. Caiu para 32,4%”, enfatizou.

Equipe da Fazenda e do governo minimizam memes de opositores

Desde a aprovação do primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária na Câmara, as redes foram tomadas por publicação que associam a imagem do ministro à taxação , trazendo “apelidos”, como “Zé do Taxão” e “Taxad”. Na última terça-feira (16), uma das imagens chegou a ser veiculada em um telão da Times Square, em Nova York.

As publicações são encaradas com bom humor pela equipe do petista e minimizada pela cúpula do PT, que rebatem as críticas. O próprio Haddad tem dado pouca atenção às figurinhas que se proliferaram na última semana, afinal, ele tem muito trabalho a fazer pelo país.

Além da reforma, as críticas se referem à volta das taxações de compras internacionais de até US$ 50, que ficou conhecida como “taxação das blusinhas”, que passa a valer a partir de 1º de agosto.

Durante o 19º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, que ocorreu entre 11 e 14 de julho em São Paulo, o ministro da Fazenda comentou o que chamou de campanha de “desinformação” e apontou os grupos de extrema direita como responsáveis por essas ações coordenadas.

“O que eu vejo em rede social é um negócio avassalador, de desinformação. E isso não está partindo dos meios de comunicação, não está partindo dos jornais, não está partindo das TVs, não está partindo das rádios”, afirmou.

Haddad afirmou ainda que existe no Brasil uma “oposição de tipo novo” que “atua para minar a credibilidade das instituições, dos dados oficiais e do Estado brasileiro”.

“Eles atuam diuturnamente nas redes sociais, eu nunca vi um negócio desses. É uma prática protofascista mesmo, não tem outra palavra”, disse o ministro. “As últimas investigações dão testemunho de que tipo de quadrilha que estava no poder, e nós temos que lidar hoje com essa bandidagem”, declarou.

Respostas

Diante da campanha de desinformação, a presidenta do Partido dos Trabalhadores e deputada federal Gleisi Hoffmann saiu em defesa do ministro da Fazenda, com um discurso na linha do que fez Geraldo Alckmin.

“A verdade é que a carga tributária no Governo Lula não aumentou. Em 2023, a carga tributária bruta foi 32,4% do PIB. Até 2022 ela era 33,7%. Ou seja, a carga tributária não só não aumentou como também diminuiu”, disse a deputada, em nota ao Brasil de Fato.

Gleisi ainda afirmou que, com a reforma tributária aprovada no Congresso, o governo cortou “pela metade a carga tributária dos mais pobres” e aumentou “em 20% a taxa de impostos dos mais ricos”.

Redação ICL Economia
Com informações de O Globo e Brasil de Fato

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