O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) de 2023, considerado uma espécie de termômetro do PIB (Produto Interno Bruto), registrou expansão de 2,45% na comparação com o ano anterior. Em dezembro, o avanço foi de 0,82%, bem acima do projetado pelo consenso LSEG, de alta de 0,4% na comparação mensal. A informação foi divulgada, nesta manhã de segunda-feira (19), pelo Banco Central.
Como são períodos iguais, o resultado foi calculado sem ajuste sazonal — que é um tipo de “compensação” para comparar épocas diferentes do ano.
Apesar do crescimento, o ritmo de alta mostrou desaceleração em relação ao ano anterior, quando houve uma expansão maior, de 2,77%.
O IBC-Br é considerado um termômetro do PIB, mas os dois indicadores usam metodologias diferentes. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
O resultado oficial do PIB será divulgado em 1º de março pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A expectativa de analistas é que o PIB feche 2023 com crescimento de 3%.
O Ministério da Fazenda também estimou, no fim do ano passado, uma expansão de 3% para o PIB de 2023, que é a mesma projeção do BC para o crescimento da economia no último ano.
Juros altos contribuíram para a desaceleração do IBC-Br
Em 2023, a taxa Selic começou a recuar somente em agosto, após permanecer por cerca de um ano no patamar de 13,75%. Atualmente, a taxa está em 11,25% ao ano.
Outro aspecto foi o alto endividamento das famílias, que somou 48,2% da renda acumulada nos 12 meses até novembro de 2023, contra 49% no fechamento de 2022.
Ao mesmo tempo, a taxa de inadimplência média registrada pelos bancos nas operações de crédito avançou em 2023, fechando o ano passado em 3,3% – contra 3% no final de 2022.
O IBC-Br é uma das ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão inflacionária.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias