Em recuo maior que o esperado, IBC-Br cai 0,55% em novembro. Em outubro, indicador também já havia retraído

Novembro coleciona perdas generalizadas nas atividades econômicas. Produção industrial, comércio e serviços registraram dados ruins, mostrando ineficácia da gestão Bolsonaro frente à economia
13 de janeiro de 2023

O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado uma prévia do PIB (Produto Interno Bruto), caiu 0,55% em novembro ante o mês de outubro, quando o indicador já havia registrado uma retração de 0,05%. Os dados foram divulgados nesta manhã (13) pelo Banco Central. A queda foi maior que a esperada pelo mercado, que projetava retração de 0,2%, segundo o consenso Refinitiv.

Isso mostra, mais uma vez, que a economia foi conduzida de modo ineficiente e irresponsável pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e equipe econômica conduzida por Paulo Guedes (Economia). A prova da má gestão da economia vem sendo demonstrada à medida que dados econômicos são divulgados.

No último Relatório Focus divulgado pelo Banco Central, na segunda-feira (9), as instituições financeiras ouvidas subiram as projeções de inflação para 2023, 2024 e 2025. A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano subiu de 5,31% para 5,36%, enquanto para 2024 a alta foi de 3,65% para 3,70% e para 2025, de 3,25% para 3,30%.

Para 2023, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Ou seja, pelas projeções do mercado, há previsão de estouro da meta.

Já a previsão de crescimento do PIB, o mercado financeiro reduziu suas projeções de estável (3,04%) para 3,03%. Para  2023, a previsão de crescimento também recuou de 0,80% para 0,78%.

Ao sancionar a lei que prevê as diretrizes do orçamento de 2023 no relatório, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% este ano.

Com resultado de novembro, IBC-Br acumula variação positiva de 3,15% em 12 meses

Com o resultado de novembro, o IBC-Br nos últimos 12 meses mostra variação positiva de 3,15% e de 3,26% no acumulado de 2022. Em relação a novembro de 2021, o índice teve crescimento de 1,65%.

No trimestre encerrado em novembro, a queda é de 0,68% e, na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, o IBC-Br está 3,32% mais alto.

Mas é importante pontuar que o mês de novembro foi marcado por perdas generalizadas nas atividades econômicas. A produção industrial teve queda de 0,1%, enquanto as vendas no varejo recuaram 0,6% sobre o mês anterior, interrompendo três meses de ganhos.

O volume de serviços no Brasil também um mês difícil, sendo o segundo consecutivo sem ganhos ao ficar estável em novembro.

Apesar da melhora do mercado de trabalho, ainda pesavam sobre a economia brasileira no final do ano passado o encarecimento do crédito e as incertezas sobre o futuro da economia.

Divulgado desde março de 2010, o IBC-Br tem como objetivo mensurar a evolução contemporânea da atividade econômica do país e contribuir para a elaboração de estratégia de política monetária.

Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias

Continue lendo

Assine nossa newsletter
Receba gratuitamente os principais destaques e indicadores da economia e do mercado financeiro.