Investidores monitoram dados de inflação nos EUA. No Brasil, mercado repercute falas de Campos Neto

Em entrevista ao Roda Viva, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para aproximar o Banco Central do governo, mas, om relação a alteração da meta de inflação, Campos Neto negou que tenha sinalizado apoio a uma mudança e afirmou que mudança de meta da inflação pode gerar efeito oposto ao desejado
14 de fevereiro de 2023

Com investidores na expectativa da divulgação do Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) de janeiro, os índices futuros de Nova York amanheceram entre leves perdas e ganhos nesta terça-feira (14). O consenso Refinitiv prevê que o indicador tenha avançado 0,4% em janeiro na comparação com dezembro. Em bases anuais, prevê alta de 6,2%.

Dados de inflação acima do esperado podem reacender preocupações de que a alta inflação e os aumentos de juros pelo Federal Reserve (Fed) ainda estão longe do fim.

No Brasil, em entrevista ao Roda Viva, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para aproximar o Banco Central do governo.

Com relação a alteração da meta de inflação, Campos Neto negou que tenha sinalizado apoio a uma mudança e afirmou que mudança de meta da inflação pode gerar efeito oposto ao desejado.

Brasil

O Ibovespa fechou o pregão desta segunda-feira (13) em alta, com os investidores à espera da primeira reunião no novo governo do Conselho Monetário Nacional (CMN). O principal índice da Bolsa brasileira avançou 0,70%, a 108.836 pontos.

Nas negociações de ontem, o dólar comercial caiu 0,87% frente ao real, negociado a R$ 5,176 na compra e a R$ 5,177 na venda.

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam entre leves ganhos e perdas à espera de dados de inflação ao consumidor de janeiro, em busca de pistas sobre a condução da política monetária do Fed.

Os investidores também estarão atentos aos resultados da Coca-Cola e do Airbnb.

Dow Jones Futuro (EUA), +0,06%
S&P 500 Futuro (EUA), +0,11%
Nasdaq Futuro (EUA), +0,16%

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, após o Japão anunciar a nomeação de Kazuo Ueda como o novo governador do Banco do Japão. Ele deve suceder Haruhiko Kuroda, se confirmado pelo parlamento do país.

O Produto Interno Bruto (PIB) real do Japão subiu 0,2% no quarto trimestre de 2022, na comparação com o trimestre anterior. O resultado ficou abaixo da expectativa de analistas do The Wall Street Journal, que esperavam avanço de 0,4%.

A inflação da Índia subiu para 6,52% em janeiro e superou os 5,72% de dezembro de 2022, ficando acima das projeções de economistas de 5,9%.

Shanghai SE (China), +0,28%
Nikkei (Japão), +0,64%
Hang Seng Index (Hong Kong), -0,24%
Kospi (Coreia do Sul), +0,50%

Europa

Os mercados europeus operam com alta na sessão de hoje, com investidores também de olho na inflação ao consumidor nos Estados Unidos e ao Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro no quarto trimestre.

O PIB da Zona do Euro subiu 0,1% na comparação com o trimestre imediatamente anterior e 1,9% na base anual, em linha com o esperado.

FTSE 100 (Reino Unido), +0,37%
DAX (Alemanha), +0,20%
CAC 40 (França), +0,25%
FTSE MIB (Itália), +0,45%

Petróleo

As cotações do petróleo recuam na sessão de hoje, depois que o governo dos EUA disse que liberaria mais petróleo de sua Reserva Estratégica de Petróleo.

O Departamento de Energia dos EUA (DOE) disse após o término da sessão anterior que venderia 26 milhões de barris de petróleo da sua reserva estratégica, um lançamento que provavelmente levaria a reserva ao nível mais baixo desde 1983.

Petróleo WTI, -0,99%, a US$ 79,35 o barril
Petróleo Brent, -0,61%, a US$ 86,08 o barril

Agenda

O principal destaque da agenda é o Índice de Preços ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) de janeiro, a ser divulgado às 10h30. O consenso Refinitiv prevê que o indicador tenha avançado 0,4% em janeiro na comparação com dezembro. Em bases anuais, prevê alta de 6,2%.

Por aqui, no Brasil, o mercado ainda repercute a entrevista do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que disse que mudança de meta da inflação pode gerar efeito ser oposto ao desejado.

Com informações do Infomoney

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