Investigação realizada pelos Ministérios Públicos constatou que empresários de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo financiam os movimentos e manifestações antidemocráticas contra o governo eleito pelo País. Entre dados da investigação, estão uso de ônibus de prefeituras que transportaram manifestantes, financiadores, além de arrecadadores que usam números de Pix. O fluxo financeiro está sendo mapeado, segundo reportagem publicada pela Folha de S. Paulo.
Procuradores-gerais de Justiça dos Ministérios Públicos de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo disseram ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, que esses empresário fazem parte de uma organização criminosa com funções predefinidas. As manifestações antidemocráticas começaram com o bloqueio das estradas, depois na frente de quartéis com manifestações que não aceitam o resultado das eleições de 2022 e pedem golpe de Estado.
Após o resultado final da eleições, em 31 de outubro, houve mais de 270 bloqueios em estradas, mantido por dias, trazendo prejuízos à economia e à população. O bloqueio das principais rodovias do País impediu a locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis.
MP quer mapear o fluxo financeiro empregado nas manifestações antidemocráticas
Segundo o MP, foi feito um cruzamento de informações entre os estados sobre a organização das manifestações antidemocráticas e a preocupação maior agora é mapear o fluxo financeiro que está proporcionando os bloqueios nas estradas e rodovias.
O procuradores-gerais de Justiça dos Ministérios Públicos de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo já estão com os nomes, inclusive alguns de projeção nacional, sob investigação, que ainda não podem ser divulgados. O objetivo é a identificação de todos os empresários que estão patrocinando as manifestações antidemocráticas e os movimentos golpistas. Eles terão que responder na esfera criminal da Justiça.
Chama a atenção a organização interestadual das manifestações antidemocráticas que aconteceram nas diferentes federações de forma parecida, como bloqueios nas estradas que terminam e logo em seguida são fechados outros trechos.
Os procuradores divulgaram que são favoráveis a qualquer tipo de manifestação, “o que não podemos admitir, evidentemente, são atos a favor de golpes de estado, intervenção militar, ou mesmo pedir que as eleições não sejam validadas”.
Alguns empresários, integrantes do movimento e das manifestações antidemocráticas, chegaram a criar listas com nomes vetados para que consumidores não usassem seus produtos ou serviços, criando embaraço à livre iniciativa do comércio.
Redação ICL Economia
Com informações das agências de notícias